Os dados recentemente apresentados pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Pescas, Ascenso Simões, relativos ao número de ocorrências e área ardida desde Janeiro, continuam a ser preocupantes e a demonstrar a fragilidade da floresta portuguesa face aos incêndios.
Os Verdes consideram ainda que os números revelados relativos ao período entre 1 de Janeiro e 30 de Junho as ocorrências triplicaram em relação ao ano anterior a área ardida aumentou substancialmente - espelham a necessidade de implementar políticas de prevenção, vigilância e combate que não se restrinjam ao chamado período crítico e se mantenham operativas durante todo o ano.
Para Os Verdes, o fenómeno das alterações climáticas e a adequação da floresta ao mesmo deveria ter sido mais equacionada nas propostas dos PROFs (Planos Regionais de Ordenamento Florestal), no sentido de uma inversão do povoado dominante e do aumento da mancha de espécies autóctones com maior resistência aos fogos, à seca e às temperaturas elevadas, entre as quais se destaca o sobreiro.
Mas, para Os Verdes para além dos incêndios e das alterações climáticas, também o abate de vastas áreas de montado de sobro decorrentes da ocupação de solo florestal com projectos diversos, alguns da responsabilidade do próprio Governo, como por exemplo o Estabelecimento Prisional de Lisboa e Vale do Tejo em Almeirim que vai levar ao abate de perto de 12 000 sobreiros, são ameaças cada vez mais preocupantes para a floresta portuguesa, às quais acresce ainda a incapacidade demonstrada pelo Governo para conter o nemátodo do pinheiro.
O Partido Ecologista Os Verdes
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