Durante os dias 14 e 15 de junho, no Rio de Janeiro, o Fórum de Mídia livre (FML) reuniu cerca de 300 pessoas. Entre os participantes estavam comunicadores populares, educadores, estudantes, militantes sociais e jornalistas.
O evento contou com plenárias, oficinas e Grupos de Trabalho que discutiram democratização das verbas públicas, diversidade cultural, políticas públicas, formação, convergência tecnológica, entre outros temas.
Só o fato de mais de 300 pessoas terem participado de um encontro nos moldes do Fórum da Mídia Livre já bastaria para afirmar que houve uma inovação. É preciso agora que se coloque em prática o que foi decidido. Aí sim teremos uma vitória total, não apenas parcial, afirma o jornalista Mario Augusto Jakobskind, um dos participantes do evento.
Apesar da grande quantidade de propostas que surgiram em alguns GTs, algumas não foram encaminhadas na plenária final. Entre as propostas aprovadas está a mobilização pela Conferência Nacional de Comunicação e a realização de um ato em Brasília para entrega de reivindicações aos poderes públicos.
Além do aspecto quantitativo, que garantiu a sua representatividade, o fórum teve uma qualidade que deve ser preservada e valorizada: a sua pluralidade. Durante os dois dias do evento na UFRJ, houve a convivência madura e franca entre distintas concepções e variadas experiências. Desde os que priorizam as iniciativas atomizadas e autonomistas, até os que encaram esta batalha como eminentemente política, na qual a pressão sobre o Estado é decisiva, avalia em seu blog Altamiro Borges, um dos organizadores do Fórum.
Já está marcado para o Fórum Social Mundial, em janeiro de 2009, na cidade de Belém do Pará, um novo encontro dos Midialivristas, como foram chamados os participantes do evento. Para o segundo semestre de 2009, também já está programado um novo Fórum de Mídia Livre, ainda sem local fechado. O estado de Espírito Santo já se candidatou para ser a sede do FML 2009.
É necessário ter clareza sobre o que queremos do Fórum de Mídia Livre e não deixar de problematizar as diferenças existentes entre os participantes para que, assim, se construa uma organização que seja efetiva e atue no dia-a-dia, alerta Mardônio Barros, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no FML.
Fonte: www. piratininga .org.br
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