por Marcos Coimbra
Opinião: Na luta para reconquistar a Amazônia brasileira, na prática já perdida em parte para estrangeiros de várias partes do mundo, com a cumplicidade de maus brasileiros, através da utilização de ONGs, voltamos a classificar a administração do Sr. Luís Inácio como esquizofrênica. Ainda mais ao assistir o atual presidente declarando que A Amazônia é nossa, ou algo semelhante, enquanto nada faz para impedir sua perda. Desta forma, nossa convicção aumenta sobre a contradição entre a teoria e a prática da sua gestão.
Causa-nos perplexidade a obsessão em obter um assento no Conselho de Segurança da ONU. Quais as verdadeiras razões por trás disto? Para ser útil a outros países? Afinal, o Brasil não possui poder de dissuasão nuclear. A atual administração, a exemplo de anteriores, sequer tem propiciado às Forças Armadas recursos orçamentários capazes de manter sua capacidade operacional em nível adequado à estatura estratégica do país.
Os salários dos militares estão abaixo da média de outras carreiras de Estado. Nem há verbas para o rancho deles. São obrigados a cumprir meio expediente em parte da semana, pois não possuem nem o que comer. Os projetos de pesquisa indispensáveis ao aprimoramento tecnológico das três forças singulares estão abandonados ou estacionados. A Marinha já poderia ter o submarino nuclear, indispensável à proteção de nossa imensa costa. Existe tecnologia, porém os esforços duramente obtidos, ao longo do tempo, estão perdidos. Nossos técnicos abandonam suas funções, em virtude dos baixos salários e da ausência de condições de trabalho. A FAB é obrigada a operar com caças ultrapassados, comprados de 2ª mão. Se houver uma situação de guerra, será muito difícil colocar no ar, em condições de combate, a quantidade mínima de aeronaves para garantir a proteção de nosso território.
O Exército opera com armas de 40 anos atrás, enquanto os traficantes atuam com armas modernas, de maior poder de fogo. Destruíram a ENGESA, a IMBEL, a AVIBRÁS. A EMBRAER, privatizada.Ao invés de investirmos na auto-suficiência tecnológica, estamos cada vez mais dependentes do exterior. Como pensar em ser respeitado e participar como ator significativo no concerto das nações? O ministério da Defesa continua a ser um verdadeiro elefante branco. Até os chefes militares são perseguidos, quando, cumprindo seu dever, anunciam aquilo que todos sabem. Que é impossível o cumprimento da função constitucional das Forças Armadas na situação atual.
A Mobilização Nacional é descurada. Poucas autoridades conhecem o assunto. No transporte aéreo, a VARIG foi destruída e, em caso de emergência, não teremos condições de usar a aviação civil nacional como apoio. O mesmo acontece com a Marinha. Todo o esforço acumulado, com muito sacrifício, está sendo perdido. A Força terrestre não possui munição, nem combustível para deslocar-se e atuar em caso de necessidade. A irresponsabilidade da administração federal atinge limites nunca imaginados.
No campo interno, a coesão social é destruída, com a importação de modelos alienígenas, onde se procura jogar negros contra brancos, brancos contra índios etc. Em nenhum país do mundo seria admitida a possibilidade, como no Brasil de hoje, da demarcação de áreas indígenas em regiões de fronteira, com o evidente risco de perda futura destas áreas, em função de pressões externas. Por coincidência, estas áreas demarcadas de modo duvidoso, sem a necessária oitiva do Conselho de Defesa Nacional e aprovação do Congresso, encontram-se justamente em cima das regiões mais ricas da Amazônia, onde o subsolo tem água doce, urânio, nióbio e outros minérios raros.
ONGs estrangeiras, com cúmplices nacionais, praticam livremente a biopirataria e o contrabando de nossas riquezas, sem qualquer controle. É urgente definir várias questões sobre nossos índios. Eles são brasileiros ou passaram a ser considerados estrangeiros? A maior parte de nossos irmãos indígenas já é aculturada e a miscigenação é uma realidade. Como considerá-los selvagens, que necessitam de grandes extensões de terra para caçar e pescar? A experiência demonstra que eles são manipulados por alienígenas, com interesses espúrios, objetivando tirá-los do Brasil.
Na área externa, a tibieza demonstrada no trato com a Bolívia, abriu o precedente. Agora, até o Paraguai. A cada dia, a administração federal vai cedendo mais e aceitando exigências absurdas, em detrimento do povo e da Nação. Dívidas de outros países são perdoadas pelo Sr. Luís Inácio, sem a devida aprovação do Congresso. Um ardiloso documento da ONU sobre indígenas foi assinado por representantes da administração federal. Onde estava o Itamaraty? E quem paga e pagará? Somos nós e as gerações futuras.
Um marciano chegado ao Brasil, ao ser confrontado com os discursos de Lula e a sua prática, enlouqueceria. Pensaria que Lula é o líder da oposição à administração federal, que é comandada por ele. E com alta popularidade. Isto perdurará até o momento em que a conjuntura econômica mundial deixar de ser tão favorável. Ou então quando Lula deixar de atender aos anseios do grande capital transnacional, fato pouco provável. Quando a nossa economia sofrer as conseqüências de uma previsível desaceleração da atividade econômica mundial chegará a hora da verdade, quando todos nós, brasileiros, teremos que assumir nossas responsabilidades e resgatar a Soberania perdida.
Prof. Marcos Coimbra
Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Professor aposentado de Economia na UERJ e Conselheiro da ESG.
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