Presidente do COFECON fala sobre a valorização do Real em coletiva - Para o presidente do COFECON que também é empresário do ramo industrial, a única medida de salvação no momento é ter cautela. Os prejudicados não podem fazer grandes aventuras e sim preocupar em produzir cada vez mais.
"Hoje na questão do dólar o rabo está abanando o cachorro, mas eu reconheço que é assim mesmo", afirma o economista Synésio Batista da Costa , presidente do COFECON, que é contra qualquer intervenção do governo e do Banco Central em relação à taxa de Câmbio.
"O governo brasileiro também está encurralado, pois se ele fizer alguma medida compensatória para alguns setores os outros irão reclamar."
"No Brasil há setores que estão felizes e se aproveitando da queda do dólar, mas são setores que importam produtos acabados. Estas importações impedem a recuperação da indústria brasileira que se sobreviver vai levar 2 ou 3 anos para se recuperar do ataque, pois não há perspectiva de recuperação a curto prazo. O setor que fabrica produtos acabados da indústria de transformação estão muito afetados pela queda do dólar e o Brasil irá pagar o preço. "
Para o presidente do COFECON que também é empresário do ramo industrial, a única medida de salvação no momento é ter cautela. Os prejudicados não podem fazer grandes aventuras e sim preocupar em produzir cada vez mais.
"Efeito do câmbio será sentido no futuro"
O presidente da Federação Nacional dos Economistas e ex presidente do CORECON-PA, Edson Roffé Borges, declarou em entrevista ao jornal Liberal que os efeitos da queda do dólar só poderão ser sentidos, de fato, ao final do ano, quando a União analisar os índices que levam ao percentual do Produto Interno Bruto Nacional. Ele não acredita em mudanças bruscas na economia nos próximos anos, 'a não ser que ocorra alguma crise grave no mercado mundial', e orienta que investimentos em dólar é um caminho pouco aconselhável no momento. 'Comprar dólar, só se for para viajar e em pouca quantidade', diz.
O economista destaca que nenhuma política econômica agrada ou desagrada a todos. Há sempre contentes e descontentes com a forma que o governo conduz a economia do País. "A queda do dólar é ruim para os exportadores, que recebem menos reais por cada unidade vendida lá fora; ruim para a rede de turismo nacional, porque perde turistas estrangeiros; e para as empresas nacionais com base em outros países, como a Petrobrás, a Varig, a Tam, entre outras', avalia.
Por outro lado, as indústrias que estão investindo em tecnologia, por exemplo se beneficiam da moeda norte-americana em baixa, pois os equipamentos e outros itens para modernizar os parques industriais estão mais baratos. Doentes que necessitam de medicamentos importados também podem tirar proveito da cotação atual, a menor desde fevereiro de 2001.
Fonte: COFECON
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