Solidariedade com povo indígeno no Brasil

Baixo assinado de solidariedade aos povos indígenas e contra a ARACRUZ - Como já devem saber a empresa transnacional ARACRUZ CELULOSE roubou na década de 70, com a cobertura da ditadura militar, cerca de 18 mil hectares dos povos indígenas Tupinikin e Guarani do Espírito Santo.

Como já devem saber a empresa transnacional ARACRUZ CELULOSE roubou na década de 70, com a cobertura da ditadura militar, cerca de 18 mil hectares dos povos indígenas Tupinikin e Guarani do Espirito Santo.

Roubou também milhares de hectares e expulsou mais de 8 mil famílias de quilombolas, que como não tinham documentos de suas terras, perderam tudo.

Nos últimos meses se intensificaram as mobilizações pela demarcação da área indígena, que já está identificada e documentada pela FUNAI, e que representaria a devolução imediata de 11 mil hectares por parte da empresa. Toda essa área esta tomada por eucalipto, e a própria fabrica da Aracruz está construída em cima do que foi uma aldeia indígena, com cemitério e tudo.

Pois bem, como a FUNAI já apresentou todos os laudos comprobatórios, a empresa não tem mais como recorrer e falta apenas uma assinatura do Ministro da Justiça, determinando a medição da área. Isso tudo está parado desde Setembro na mesa do Ministro, que vem sofrendo todo tipo de pressão da empresa. Um delas, foi em Novembro, quando a empresa determinou que cada funcionário seu (2.500) deveria recolher determinado numero de assinaturas, como se fosse para preservar o emprego, e recolheram 78 mil assinaturas de apoio a empresa transnacional e contra os povos indígenas.
Diante disso, o MST e os movimentos da Via Campesina decidimos nos somar à iniciativa da campanha capixaba contra o deserto verde, que elaborou um abaixo-assinado em solidariedade aos povos indígenas. E tomamos a decisão de recolher no mínimo 100 mil assinaturas, para mostrar que a sociedade brasileira está com nossos povos indígenas e contra a exploração do capital internacional, que há tantos anos nos explora.


Por isso, pedimos que cada movimento, cada entidade, faça um esforço para recolher em todas as atividades possiveis, as assinaturas no formulario anexo.
Aproveitem os colégios, as universidades, etc.


Também podemos aproveitar as manifestações do dia 8 de Março, que terá como mote a luta das mulheres contra as transnacionais e pela soberania alimentar.
Multipliquem o formulário, e repassem para seus contactos e amigos em seu estado e cidade.


Bem, no final do abaixo assinado está o endereço da FASE- ES para onde devem ser enviadas as listas por correio.
Por favor, veja como podemos ajudar nossos irmãos e ao mesmo tempo derrotar a Aracruz, que é símbolo do agronegócio no pais, exporta tudo o que produz, para fazer embalagens no primeiro mundo, fica com os lucros e deixa a miséria e a degradação do meio ambiente para nós. Os proprietários dessa empresa são o Banco Safra, que atraiu investidores estrangeiros, o grupo norueguês Loretzen, o grupo Votorantim, e o BNDES

Joao Pedro Stedile
S ecretaria nacional do MST da Via campesina Brasil
" A solidariedade é a mais bela qualidade do ser humano".

Em defesa dos indígenas, quilombolas e camponeses no Espírito Santo!

Nós abaixo-assinadas(os) declaramos apoio à demarcação das terras indígenas Tupinikim/Guarani e das terras quilombolas , invadidas pela Aracruz Celulose S/A, à reforma agrária, à agricultura camponesa e à preservação do meio ambiente no Espírito Santo. Rejeitamos o modelo de desenvolvimento de grandes projetos industriais e do agronegócio, predatório e excludente, conduzido por grupos empresariais nacionais e estrangeiros e sustentado pelo Estado.

Queremos uma sociedade que respeite as culturas indígenas, quilombolas e camponesas e um Estado que repare os direitos específicos destas comunidades para que sejamos uma nação justa, igualitária e que priorize outros projetos de desenvolvimento possíveis.

Repudiamos a campanha difamatória e racista que a empresa Aracruz Celulose e seus apoiadores – sobretudo empresas e a mídia – têm realizado contra as comunidades indígenas.

NOME

RG ou CPF

MUNICÍPIO

UF

Timothy Bancroft-Hinchey

Diretor e Chefe de Redação PRAVDA versão portuguesa

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Enviar até 15 de março de 2007 para:

FASE/ES – Tel.: (27) 3322-6330

Rua Graciano Neves, 377/2º. Pav. - Centro - 29015-330 – Vitória – ES

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey