A Transportadora Aérea Portuguesa, maior accionista da companhia tem sido bastante criticada pelas autoridades santomenses por não ter assumido as suas responsabilidades como accionista maioritário desde a criação da Air São Tomé há pouco mais de 13 anos.
Houve uma primeira reunião convocada pelo governo santomense em que a TAP praticamente fez-se representar por alguém que não tinha domínio do dossier e muito menos mandatos para tomar qualquer decisão, obrigando a que uma segunda reunião tivesse lugar na semana última.
A semana passada os accionista reuniram-se durante dois dias em assembleia geral para analisar o actual estado da empresa e foi desta reunião que saiu a decisão de se dissolver a companhia, cujo maior beneficiário, dizem as autoridades nacionais é a TAP.
O director da Air São Tomé, Alcino Pinto disse que a situação difícil que a companhia atravessa não é nova e o despenhamento do seu único avião agravou ainda mais essas dificuldades porque obrigou a Air São Tomé a recorrer a fretamentos que não estavam na sua previsão e cujos resultados ate então obtidos são também negativos porquanto as receitas são muito mais reduzidas que as despesas.
Por tudo isso os accionistas concluíram que a situação é deveras critica. E sobre a mesa discutiram três propostas: injecção de capital fresco, declaração de falência e dissolução por consenso.
Relativamente a primeira, diz Alcino Pinto, as dificuldades na sua concretização surgiram logo a partida. É que se alguma das partes tivesse que injectar esse capital tinha que ser particularmente a Transportadora Aérea Portuguesa que, confrontada actualmente com problemas internos de alguma falta de liquidez não se manifestou disponível.
Assim ficam apenas duas saídas e delas os sócios entenderam recorrer aquela menos onerosa do ponto de vista jurídico e financeiro, que é a via de dissolução.
Foi assim fixado um timing para que a companhia Air São Tomé seja dissolvida e para tal já foi constituída uma comissão representada pelos três maiores sócios da empresa, nomeadamente a TAP, GIAS e governo santomense.
As três partes vão fazer uma inventariação detalhada dos activos e passivos da empresa de forma a se ter uma luz das implicações que derivam desta dissolução. Existem trabalhadores que não podem ficar lesados, dividas por liquidar e serviços prestados por cobrar.
Foi por isso fixado um prazo até fim de Setembro para que esta comissão junto a actual direcção trabalharem na implementação da decisão da assembleia-geral que é a de dissolver a empresa.
Suahills Dendê
STP
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