Mário Alkatiri deu a sua última facada aos timorenses. Se quiser voltar a Moçambique, o povo até paga a sua passagem de ida só.
O saga de Mário Alkatiri no Governo de Timor Leste tem sido um embaraço constante ao povo e ao desenvolvimento do país. Não foi preparado para o posto mas a razão porque ficou tanto tempo como Primeiro Ministro foi porque instituímos uma Constituição que abafava os poderes do Presidente.
A única coisa de jeito que Mário Alkatiri disse foi na sua saída, quando admitiu que não tinha condições para continuar à frente do governo numa base dia-a-dia. Pena é que levou tanto tempo a chegar a essa conclusão. O que o líder de FRETILIN conseguiu fazer foi tentar quebrar as pernas da criança aprendia a caminhar, dividindo o país, criando condições favoráveis a elementos estrangeiros e cinzentos se apoderarem dos nossos consideráveis recursos.
A total falta de condições de Alkatiri para o posto que ocupava se viu claramente em Março, quando demitiu um terço dos efectivos do exército, em vez de apaziguar os ânimos. O que se sucedeu era fácil de prever: tumultos, manifestações e distúrbios que resultaram em 33 mortes e 150.000 deslocados.
Foram quatro mil os manifestantes de apoio ao Alkatiri, que se demitiu na segunda-feira, que na quinta-feira foram ao Palácio das Cinzas (presidência) para apupar o Presidente, exigindo o retorno do Primeiro Ministro demissionário. Mas é aí que vemos a realidade em Timor Leste devem ser mesmo só quatro mil pessoas que zelam tanto por Alkatiri como chefe de governo.
O futuro
O futuro está incerto. Para já, José Ramos-Horta, Ministro de Negócios Estrangeiros e da Defesa, vai assumir as funções de coordenador do Governo demissionário. O maior partido, FRETILIN, tem três nomes para apresentar ao Presidente para formar um governo interino mas FRETILIN admite que o futuro Primeiro Ministro poderá ser alguém que não pertença a este partido, mas que resume condições para merecer sua confiança.
Poderá então ser que Ramos-Horta chefie o novo governo interino que poderá assumir as suas funções até às próximas legislativas marcadas para 2007 ou até uma eleição antecipada convocada pelo Presidente.
De qualquer forma, o legado de Alkatiri foi aquilo que seus opositores previam para alguém que não reúne as condições para ser chefe de Governo, muito menos de um país que precisa de inteligência, diplomacia e tacto, três qualidades que Alkatiri nunca teve e nunca terá.
Lao MENDES
PRAVDA.Ru
TIMOR LESTE
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