Nesta terça-feira os timorenses se manifestaram em Díli e ameaçaram boicotar a acção governativa e o parlamento se num prazo de 48 horas o Presidente da República não demitir o primeiro-ministro Mari Alkatiri e formar um governo de transição. A liderar os manifestantes encontrou-se o major rebelde, Alves Tara.
Uma delegação foi recebida pelo presidente Xanana Gusmão a quem foi entregue uma petição a exigir a demissão do primeiro-ministro.
O documento intitulado Exigência Política começa por passar em revista o que os manifestantes consideram ser «a acção criminosa» do Governo liderado por Mari Alkatiri, com reflexos nas mortes ocorridas em finais de Abril, em confrontos entre efectivos das forças armadas timorenses e civis, e a 25 de Maio, aquando da morte de polícias também às mãos de militares timorenses.
Além da demissão do Governo de Mari Alkatiri ,exigem também a formação de «um governo de transição e uma administração provisória para preparar eleições antecipadas no prazo de seis meses, sob lide rança do Presidente da República, na qualidade de Comandante Supremo das Falintl-Forças de Defesa de Timor-Leste».
«Se o Presidente da República não aceitar as nossas exigências políticas, no prazo de 48 horas, vamos boicotar a governação e o Parlamento nacional, lê-se no documento. Mas como os manifestantes pretendem fazer isto no texto não se destaca.
Hoje, para além da manifestação, o facto mais revelante foi a pilhagem dum armazém da Nações Unidas. Comida e equipamentos foram levados de forma tranquila. Nenhuma força de segurança impediu que a propriedade da ONU fosse roubada.
As forças de manutenção de paz da Austrália bloquearam as estradas de acesso a Díli, após a indicação de que rebeldes estavam a infiltrar-se na capital.
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