A importância da Organização das Nações Unidas não poderia ser mais visível em Timor Leste, onde distúrbios nos últimos dias causaram cinco mortes e 60 pessoas foram feridas. O chefe da missão da ONU em Timor Leste (UNOTIL) afirmou no Sábado que a continuação da presença deste organismo no país é imperativo.
Sukeihiro Hasegawa, enviado da ONU a Timor Leste, disse que Estes últimos desenvolvimentos nos lembram que não só a democracia em Timor Leste é frágil como também a situação da segurança interna é volátil.
Já passaram mais que cinco anos desde o referendo em 1999 em que a esmagadora maioria da população maubere votou a favor da independência, depois de 15 anos de ocupação e repressão pela Indonésia mas a sensibilidade das pessoas está na flor da pele.
Os recentes distúrbios foram provocados pela desmobilização de 594 soldados das forças de defesa. Acusaram a desmobilização de ser etnica e políticamente motivado, pelo que depois de quatro dias de manifestação, parte deles fizeram um motim e foi durante a violência que ocorreram as baixas e 14.000 pessoas fugiram das suas casas.
O mandato da UNOTIL é até 20 de Maio mas parece evidente que, dado as eleições presidenciais e parlamentares em 2007, terá de ser prolongado durante muito mais tempo, se a democracia em Timor Leste vai ter qualquer hipótese de ser implantado ou então se os timorenses podem mostrar ao mundo que merecem a sua independência. Já há quem põe essa questão na mesa.
Lao MENDES
PRAVDA.Ru
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