Em Maio de 2021 a Rússia assumiu a Presidência do Conselho Árctico, posição que vai deter durante dois anos. Numa altura em que a China afirma as suas pretensões nesta região, o quê podemos esperar?
Quanto à República Popular da China, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, referiu que a China é de parceira prioritária da Rússia no Ártico, mas esclareceu que se referia ao Ártico russo, não ao Conselho Ártico. A questão é até que ponto a RP China entra numa participação mais profunda em assuntos na região do Árctico durante a presidência russa.
Em 2018, a RP China declarou a sua intenção no Árctico: "para compreender, proteger, desenvolver e participar da governança do Ártico, de modo a salvaguardar os interesses comuns de todos os países e da comunidade internacional no Ártico e promover o desenvolvimento sustentável do Ártico".
É verdade que desde a reafirmação da Rússia como potência global depois de um período confuso enquanto a União Soviética se reorganizava (de acordo com os termos da sua constituição), o Ocidente tem-se mostrado mais reticente a prosseguir boas relações e a Rússsia e RP China têm ficado cada vez mais próximos.
Também nos últimos anos tem havido muito mais actividade empresarial entre os dois amigos, em várias áreas incluíndo do ramo de Gás Natural Líquido, em que a Rússia está empenhada na região do Árctico.
No entanto, não é claro ainda até que ponto a Presidência russa abrirá as portas do Árctico à RP China, que se declara um Estado "quasi-árctico".
Timofei Belov
Pravda.Ru
Foto: Por RosarioVanTulpe - self-made - based on NASA Worldwind-globe [1], Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2905077
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