Após o cancelamento das negociações sem acordo entre a direção dos Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios Telégrafos e Similares (Fentect), os funcionários dos Correios entram esta quarta-feira (18) em seu sétimo dia de greve.
De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, 12 mil carteiros estão paralisados, assim como mil operadores de carga e 386 motoristas (20% do efetivo). Já segundo o comando da greve, a greve atinge 24 estados e o Distrito Federal, somando pouco mais de 80% dos funcionários.
Segundo a Fentect, embora a empresa tenha avançado na proposta quanto à assistência médica e auxílio, não houve progresso na negociação financeira. Os funcionários dos Correios querem uma reposição salarial de 47,77% e um aumento salarial no valor de R$ 200,00 relativo à falta de cumprimento de acordos anteriores.
Um dos membros da Fentect, Reginaldo Alcântara, estava reunido na sede do sindicato aguardando o fim da reunião na diretoria nacional dos Correios para deliberar sobre assuntos do movimento grevista. Ele acusa a estatal de fazer contratações irregulares e de favorecer parentes. Estão terceirizando funcionários de maneira ilegal e contratando parentes da chefia alega Alcântara. Ele diz ter entrado com uma medida cautelar na Justiça para questionar essas contratações.
A paralisação já começa a aumentar o atraso das entregas de correspondências e mercadorias. De acordo com o presidente do Sintect, Moacir Soares, o setor administrativo da empresa é um elefante branco, ou seja, um setor pesado, onde não há a demanda de trabalho suficiente para o seu número de funcionários.
Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, houve um remanejamento de funcionários do setor administrativo para o operacional e que a quantidade de trabalhadores parados representa 16% do efetivo de funcionários da empresa.
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