Além das manobras na Geórgia, a NATO lançou um outro evento perto das fronteiras da Rússia. Desta vez os exercícios ocorrem no norte, em países escandinavos e nos Estados Bálticos. Cerca de 2.000 recrutas de dez países da aliança (Grã Bretanha, Alemanha, Dinamarca, Letónia, Lituania, Países Baixos, Polónia, EUA, França e Estónia) participam nos treinos Baltops-2009 durante dez dias, dentro do espaço da parceria da NATO para o programa da paz.
Finlândia e Suiça, que não fazem parte da sociedade da NATO, cederam seus territórios, bases do exército e tropas para os treinos. A primeira prioridade é dada à aviação. O porta-aviões ilustre da Grâ Bretanha chegou ao mar Báltico para participar no evento. Cinquenta caças, aviões de bombardeiro e aviões de carga multi-missão serão envolvidos nos treinos militares, esses treinos nunca haviam sido realizados nos territórios da Finlândia e da Suiça, dois estados neutros. O que fazem a Finlândia e Suiça quererem treinos militares?
Um porta-voz para do ministério da defesa da Suiça disse que a nação quis preparar suas tropas para operações aéreas. O oficial igualmente disse que o mar Báltico forneceu uma oportunidade única para os treinos, tomando em consideração a atividade intensa no tráfego de frete. Os novos treinos não violam nenhum regulamento. Os países que não são membros da NATO são convidados a participarem nos treinos, que a aliança realiza. Konstantin Sivkov, um perito militar da academia de ciências geopolíticas, disse ao Pravda.Ru que o oeste era uma opção mais provável no estabelecimento da nova ordem mundial.
O fato de dois estados neutros - Finlândia e Suiça - participarem em treinos da NATO mostra que há uma coligação política mais larga que está sendo iniciada no oeste, disse ele. O oeste pretende redistribuir recursos preliminares na perspectiva da crise económica em curso.
É possível obter matérias-primas militares baratas. O fato de que a direita e ultra-direita obtiveram a vitória nas eleições recentes ao Parlamento Europeu é um dos factores completamente indicativos. O mesmo aconteceu durante os anos 30, que igualmente coincidiram com a crise económica global. Uma guerra provou ser uma maneira de acabar com a crise naqueles anos. Olha como a história repete-se hoje. Quanto a Rússia, o país encontra-se entre o vento e a água. A NATO está mantendo suas tropas perto das fronteiras com a Rússia ao sul e norte, que não é incidental. A aliança usa a Geórgia como um trampolim para capturar os recursos energéticos da região do mar Cáspio. O norte é atrativo para criar oportunidade para ataques aos centros chaves da Rússia, disse o perito.
Certamente, os treinos não estão sendo feitos para combater o terrorismo internacional ou na intenção de praticar operações de salvamento em condições de desastres naturais. O exercício foi anunciado formalmente como o evento para treinar a cooperação na aviação das unidades internacionais em conflitos armados. Por esse motivo de facto, a NATO está a trabalhar na rádio intercepção, contra medidas de actividade, batalhas ar e mar. Em poucas palavras, a NATO organizou um exercício para treinar a destruição do inimigo operacional na marinha e aeronáutica, que o al-Qaeda não tem, obviamente.
A Rússia foi um membro regular desses exercícios, desde 1993.
Moscovo decidiu cessar a sua participação nas manobras da NATO depois da agressão contra a Geórgia Ossétia Sul em Agosto de 2008. Quase um ano já passou, mas as relações entre a Rússia e a aliança não melhoraram.
Pode parecer à primeira vista que os actuais treinos no mar Báltico não merecem muita atenção. No entanto, as manobras junto às fronteiras da Rússia no norte e no sul são obviamente um acto provocatório.
Sergey Balmasov
Pravda.Ru
Foto: www.moscowtopnews.com "Hoje criança, amanhã terrorista?"
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter