A história da mulher que na semana passada apareceu, vinda da selva, perto de Oyadao, uma aldeia na região de Ratanakiri, no Nordeste do Camboja, permanece um mistério. Talvez por isso, há versões desencontradas entre os aldeãos sobre a sua possível identidade.
A polícia acredita que ela se chame Rochom P'ngieng e que agora tenha 27 anos, porém, como ela não fala nenhuma linguagem inteligível, ainda não é possível saber os detalhes do que aconteceu. A mulher é jovem ainda e foi encontrada depois de ter tentado furtar comida a um aldeão.
Testemunhos dão conta de que "caminhava curvada como um macaco", relata o jornalista Tang Chhin Sothy da AFP.
Ela foi reconhecida pelo pai por causa de uma cicatrize em suas costas.
Rochom P'ngieng desapareceu em 1988, aos 8 anos, quando cuidava de um rebanho de búfalos em uma área remota da floresta.
A mulher não fala, mas a polícia garante que ela compreende o dialecto das tribos da montanha, da etnia Phnong, a que ele próprio pertence. Por isso, este homem que se diz o pai está convencido de que ela vai falar "mais cedo ou mais tarde, quando começar a lembrar-se das palavras", disse ao jornalista da AFP.
Mas há quem duvide nas redondezas da versão de Sal Lou. Um deles é Dub Thol, um aldeão de um outro distrito que foi ver a mulher a casa do polícia, e garante que encontrou uma jovem normal, sem traços de ter estado 19 anos na selva, como garante o polícia.
Pen Bunna, da organização Adhoc, que encontrou a mulher, admite que ela possa ter sofrido um choque traumático na ocasião em que desapareceu. Outros pensam que ela pode ter sido vítima de abusos sexuais e recomendam que fique com a família que a colheu. Versões não faltam, mas isso não chega para resolver o mistério. Resta, portanto, esperar pelo veredicto dos técnicos de saúde.
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