O dinheiro roubado da loja Sinhá Moça foi encontrado ontem pela polícia de Bragança Paulista, no interior de São Paulo dentro do forro da casa de um dos criminosos, o eletricista Luís Fernando Pereira (foto), informa Agência Estado.
O dinheiro em soma de R$ 15.459,26 em cheques, notas e moedas foi encontrado depois da informação dada pelo eletricista e seu comparsa e cunhado, o serralheiro Joabe Severino Ribeiro.
O eletricista Pereira, 37, preso sob acusação de ser um dos participantes do bárbaro crime que resultou na queima de uma família no interior de um veículo, em Bragança Paulista (SP), teria ido ao velório deles. A informação é de parentes de Eliana Faria da Silva, 32 anos, e Leandro Donizete de Oliveira, 31. De acordo com os parentes, Pereira fingiu prestar solidariedade para colher informações sobre as investigações a respeito das mortes. Também quis saber o estado de saúde de Luciana.
Única sobrevivente do crime, ela escapou do carro ainda em chamas e tirou do veículo o menino Vinícius. O garoto teve 90% do corpo queimado e morreu anteontem. Luciana permanece internada, com queimaduras em 70% do corpo. Segundo parentes do casal, Pereira prestava havia dez anos serviços para a loja - ele fez a família e Luciana reféns para roubar dinheiro do cofre da loja. O nome do eletricista estava na agenda de Eliana.
Além de ir à cerimônia no cemitério, Pereira esteve, no dia do crime, na Delegacia Seccional de Bragança e falou com o marido de Luciana, o motorista de transporte escolar Fábio Gomes Dorta, de 27 anos. Meu irmão conversou com ele (Pereira) sem saber que era um dos criminosos. O rapaz queria saber o estado de saúde da Luciana, disse o também motorista Pablo Gomes Dorta.
Segundo a polícia, na noite de domingo, quando sua família foi feita refém pela dupla, Eliana disse baixinho para a colega: Fica tranqüila que eu sei quem está fazendo isso. A frase teria sido ouvida pelo serralheiro Joabe Severino Ribeiro, de 36 anos, preso na segunda-feira, que também confessou o crime.
Com receio de que fosse reconhecido, ele ordenou ao comparsa, seu cunhado, que os reféns fossem mortos. Os criminosos jogaram tíner no carro e atearam fogo. Eliana estava amarrada no banco da frente e Leandro, preso no porta-malas. Luciana e Vinícius estavam no banco de trás. O casal morreu carbonizado.
O cunhado contou que Luciana conseguiu sair do Palio e puxar o menino porque a porta de trás do carro estava aberta. Depois, rolou na grama para apagar as chamas. Os bandidos voltaram e Luciana se fingiu de morta. Ainda ouviu um dos criminosos falar: "O menino está vivo, mas não pega nada. Encontrado na estrada em estado de choque, Vinícius levou os policiais até o Palio incendiado.
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