Europa: o estranho satélite de Júpiter que pode abrigar vida!

Missão espacial revela sinais de possível vida em Europa, lua de Júpiter

A busca por vida fora da Terra pode estar mais próxima do que imaginamos — e o foco da vez não é Marte, mas sim uma lua gelada de Júpiter chamada Europa. Com uma superfície coberta de gelo e possíveis oceanos subterrâneos, Europa intriga cientistas há décadas, mas agora, uma nova missão reacendeu as esperanças: talvez estejamos diante de um dos lugares mais promissores para encontrar vida no Sistema Solar.

Segundo a NASA, a sonda Europa Clipper, com lançamento previsto para este ano, investigará a composição química, a espessura da crosta de gelo e, principalmente, a existência de plumas de água escapando do subsolo. A presença dessas plumas pode ser a evidência de um oceano salgado escondido sob a camada externa congelada.

O que torna Europa tão especial?

Europa tem aproximadamente o tamanho da nossa Lua, mas esconde um segredo: um oceano subterrâneo que pode conter mais água do que todos os oceanos da Terra juntos. A pressão e o calor gerados pela interação gravitacional com Júpiter e outras luas aquecem seu interior, criando um ambiente onde a água líquida pode persistir — um dos principais pré-requisitos para a vida.

Estudos anteriores já haviam detectado sinais de atividade geológica e química nessa lua. Compostos como oxigênio, peróxido de hidrogênio e sulfatos foram identificados em sua superfície. Se essas substâncias estiverem presentes também no oceano interno, isso pode indicar um ambiente habitável, com energia e nutrientes suficientes para sustentar microrganismos.

Há mesmo chance de encontrar vida?

Não se trata de vida complexa, como peixes ou plantas, mas sim de formas microbianas que poderiam sobreviver em ambientes extremos — semelhantes aos que existem nas profundezas dos oceanos terrestres, onde não há luz solar. “Europa é uma das nossas melhores apostas para encontrar vida no presente do Sistema Solar”, afirma o astrobiólogo Kevin Hand, da equipe da missão.

A comunidade científica está otimista. A missão Europa Clipper usará espectrômetros, radares de penetração e câmeras térmicas para investigar o que está por baixo da crosta. E se as plumas de água realmente existirem, a sonda poderá até coletar amostras sem precisar perfurar o gelo.

Essa empolgante possibilidade é amplamente discutida em artigos recentes da NASA e revistas científicas especializadas. Um deles que os primeiros dados da missão podem revolucionar nossa compreensão sobre a vida no Universo.

Em um cosmos tão vasto, talvez as primeiras pistas de que não estamos sós venham não de planetas distantes, mas de um pequeno mundo gelado que orbita o gigante Júpiter.

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Author`s name Dmitriy Sokolov