Nova pesquisa alerta: cresce o número de jovens brasileiros entre 15 e 19 anos infectados pelo HIV!
De acordo com um relatório da UNAIDS, programa das Nações Unidas sobre HIV os jovens brasileiros na faixa compreendida entre os 15 e os 19 são a parcela da população que mais têm tido novos infectados pelo vírus HIV, e estima-se que sejam 734 mil brasileiros infectados, apesar da crescente diminuição de novos casos no mundo.
A grande preocupação é com os garotos de 15 a 19 anos. O número de casos, nessa faixa etária, aumentou absurdamente em 53% de 2004 a 2013. Dizem especialista que os jovens brasileiros parecem estar perdendo o medo da AIDS, pensando que o tratamento é 100% eficaz, é o que afirma Cristiano Ramos, que tem o vírus HIV e é presidente da ONG Amigos da Vida, para soropositivos. Diz Cristiano que "essa nova geração de portadores perdeu o medo da AIDS". O fato é que nossos jovens estão praticando sexo muito novos, sem nenhuma maturidade e responsabilidade. E o número de jovens grávidas infectadas pelo HIV também é alarmante. Hoje, muitos dos nossos jovens na faixa dos 19 anos já tiveram mais de vinte parceiros sexuais ao longo de suas curtas existências, o que os deixa muito vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis.
O relatório do UNAIDS expõe que a cada três pessoas infectadas em todo o mundo, uma tem entre 15 e 24 anos. No Brasil este percentual aumentou 53% de 2004 a 2013.
Embora esteja ocorrendo este lamentável crescimento da doença entre os jovens, o relatório tem dados muito positivos. De acordo com as pesquisas, de 2000 a 2014, o número de infecções no mundo caiu 35% e passou de 3,1 milhões para 2 milhões no ano passado. O número de mortes também caiu 41% nesses 15 anos.
O importante neste momento é que a maioria da população tenha acesso aos exames e que os infectados tenham acesso ao tratamento que diminui a carga viral. Estima-se que hoje 36,9 milhões de pessoas em todo o mundo tenham o vírus HIV, embora acredite-se que apenas metade delas, 54% sabem que estão infectadas. Daí a importância de fazer o exame o quanto antes e começar a usar a medicação adequada. Um exemplo disso é a psicóloga e coordenadora do programa Cidadãs Positivas, Regina Cohen, que só soube que estava infectada dez anos depois que foi adquiriu o vírus. Diz ela que "se tivesse tido uma descoberta bem mais cedo, eu teria tido mais chance. Eu quase fui a óbito. Isso é muito grave", revela.
É importante frisar que desde 1996, todos os remédios contra a doença são de graça e o governo aumentou a distribuição. Além disso, a terapêutica também mudou: antes, só recebia o remédio quem desenvolvia a AIDS ou tinha carga viral muito alta. Desde 2013 todos os soropositivos tomam o antiretroviral. E isto faz do Brasil um exemplo em modelo de tratamento á AIDS.
*Genival Tatuapé mora em Belo Horizonte, embora seja mineiro de Uberlândia.
http://www.debatesculturais.com.br/cresce-o-numero-de-jovens-brasileiros-infectados-pelo-hiv/
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