O uso e aprovação regulamentar de métodos modernos de testes sem animais, tais como os modelos de pele humana 3D e simulações avançadas de computadores estão aumentando em todo o mundo.
Ao oferecer resultados de testes que são mais rápidos, mais baratos, muitas vezes mais relevantes para os seres humanos e que não envolvem sofrimento aos animais, essas alternativas criam uma situação ganha-ganha onde todos: empresas, cientistas, representantes políticos e defensores dos animais podem abraçar. A medida que os requisitos legais para usar métodos sem animais, nos lugares onde estão disponíveis, tornam-se mais comuns, cientistas de todas as partes do mundo também estão reconhecendo que pesquisas sem animais vivos representa a vanguarda da ciência com vantagens consideráveis sobre as abordagens tradicionais à base de animal.
Cientistas na Rússia estão cada vez mais interessados em melhorar a qualidade da pesquisa, através da adoção de abordagens sem animais. No entanto, sem formação técnica suficiente para execução e interpretação destes novos métodos, a transição dos testes em animais tem sido um desafio, até agora. Sendo um dos principais grupos de proteção de animais, Humane Society International recentemente uniu forças com o Instituto de Ciências In Vitro (IIVS) para financiar um workshop com a presença de 11 participantes selecionados originados da Rússia, a fim de proporcionar-lhes treinamento prático em laboratório para testes sem animais . Os representantes conseguiram, em primeira mão, obter conhecimento de como métodos para teste sem animais podem ser usados para avaliar a segurança dos cosméticos e de produtos de higiene pessoal, uma área de suma importância para HSI, que por sua vez lançou recentemente a campanha Liberte-se da Crueldade, que é a maior iniciativa para acabar de vez com testes de cosméticos em animais em todo o mundo.
Teste de cosméticos em animais é proibido em toda a União Europeia, onde as empresas utilizam uma combinação de ingredientes estabelecidos, assim como métodos disponíveis de pesquisa sem animais, para produzir dados necessários para a segurança do produto. Em outras partes do mundo, a experimentação em animais ainda ocorre, mas HSI acredita que facilitar o acesso a estes métodos modernos de experimentação, auxiliará na compreensão e uso destes mesmos métodos, por cientistas na área de cosméticos e outros setores.
"Nossa campanha Liberte-se da Crueldade reflete as convergências de demanda dos consumidores por produtos eticamente produzidos, o aumento de mandatos legais para teste sem animais e da crescente demanda provenientes de empresas e cientistas para pesquisas sem animais", diz Troy Seidle, diretor de pesquisa e toxicologia da Humane Society International. "Aproveitando o interesse que existe na Rússia e em outros países, e ajudando a fornecer treinamento de habilidades essenciais, métodos sem animais serão a corrente principal no meio científico".
O Brasil é um dos países onde a campanha da HSI Liberte-se da Crueldade opera, e tem tido um progresso significativo no que diz respeito a uma maior aceitação de métodos alternativos. A adoção em 2008 da primeira Lei no Brasil de proteção dos animais utilizados para fins científicos, a "Lei Arouca", seguido pelo lançamento em 2011 do Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (BraCVAM), representam o início de um novo quadro institucional que oferece oportunidades interessantes para substituir a experimentação animal.
No entanto, apesar disso, atuais requisitos de teste brasileiros continuam a depender fortemente das experiências com animais. No setor de cosméticos, os requisitos brasileiros por vezes, conduzem à experimentação animal, que não é permitido em outras partes do mundo. A campanha da HSI Liberte-se da Crueldade visa trazer mudanças para o Brasil, ajudando cientistas brasileiros a adotar a revolução tecnológica sem animal.
Este mês, HSI cooperou na realização do primeiro Workshop sobre regulamentação cientifica, que reuniu cientistas, reguladores e empresas de cosméticos do Brasil e do mundo. Especialistas discutiram os últimos desenvolvimentos científicos no campo de alternativas relacionado ao uso de animais e avaliação de segurança de cosméticos e também analisaram as oportunidades para fazer evoluir as regulamentações no Brasil.
A campanha Liberte-se da Crueldade foi lançada pela HSI e seus parceiros na Austrália, Brasil, Canadá, Europa, Índia, Nova Zelândia, Estados Unidos e muito além, recebendo apoio de celebridades como Sir Paul McCartney e outros que assinaram uma declaração de compromisso da campanha Liberte-se da Crueldade.
"Muitos consumidores não sabem que os animais ainda sofrem com testes para cosméticos", diz Seidle. "Coelhos e outros animais tem produtos são forçados a ingerir produtos químicos, sendo também estes pingados nos olhos e aplicados na pele. Através da campanha Liberte-se da Crueldade da Humane Society International pretendemos criar um mundo onde nenhum animal tenha que sofrer e morrer por causa de produtos de beleza. "
Artigo apresentado por: Humane Society International
Autor: Troy Seidle, Diretor de Pesquisa e Toxicologia
Web: www.hsi.org/becrueltyfree
Saiba mais sobre Liberte-se da Crueldade em hsi.org /becrueltyfree
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