De acordo com as informações da AFP, a mudança climática já provoca uma vasta reestruturação econômica e industrial planetária induzida pelas regulamentações públicas e as ações das empresas que se encaminham para esta postura, afirma uma pesquisa a ser divulgada nesta segunda-feira realizada com grandes grupos industriais mundiais.
A pesquisa foi feita pelo Carbone Disclosure Project (CDP), um organismo de fins não lucrativos sediado em Londres, que representa 315 grandes investidores, como companhias de seguro e bancos. Estas empresas controlam, somadas, 41 trilhões de dólares.
O relatório do CPD, que vem sendo lançado anualmente há cinco anos, será apresentado nesta segunda-feira em Nova York pelo ex-presidente Bill Clinton, em paralelo à cúpula sobre clima realizada na esfera das Nações Unidas.
"Esta reestruturação (econômica e industrial) já começou a redefinir as bases competitivas e das atuações financeiras das empresas e de seus investidores", destaca o documento.
"Nós representamos os investidores e, em nome deles, nós pedimos às maiores companhias mundiais, para que revelem o volume de suas emissões de gás que produzem o efeito estufa e de dizer também com elas lidam com os riscos relacionados à mudança climática", explicou à AFP Paul Dickinson, diretor-geral do CDP.
A análise das respostas das 1.300 empresas que atuam nos setores de energia automobilística mostra que os grandes grupos industriais do mundo "elaboraram nos últimos anos estratégias e construíram estruturas para minimizar as conseqüências financeiras potencialmente negativas do aquecimento global e para melhorarem sua competitividade", de acordo com o relatório.
A pressão sobre as empresas para se adaptarem e tirarem proveito da mudança climática vem dos investidores "porque eles querem proteger seu dinheiro e tirar proveito o mais rápido possível das indústrias do futuro", explicou Dickinson.
De acordo com o diretor-geral do CPD, o valor dos investimentos na energia "verde" já está na casa dos bilhões de dólares.
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