Milhões de livros didáticos de biologia usados no ensino médio e na universidade sugerem que Stanley Miller, nos anos 1950, mostrou que a vida pode surgir por acaso. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Miller, em seu famoso experimento de 1953, mostrou que os aminoácidos individuais (os elementos básicos da vida) podem vir à existência por acaso. Entretanto, não basta ter-se apenas aminoácidos. Os diversos aminoácidos que compõem a vida precisam ligar-se uns aos outros numa sequência precisa, do mesmo modo que as letras numa sentença, para formar moléculas de proteína funcionais. Se eles não estiverem na sequência correta, as moléculas de proteína não funcionarão. Nunca foi mostrado que os diversos aminoácidos podem ligar-se uns aos outros numa sequência por acaso a fim de formar moléculas de proteína. Até a mais simples das células é composta de muitos milhões de diversas moléculas de proteína.
Ademais, o que muits pessoas não sabem é que Miller tinha um aparato laboratorial que escudava e protegia os aminoácidos individuais no momento em que eles eram formados; não fosse assim, os aminoácidos ter-se-iam rapidamente desintegrado e sido destruídos na mescla de energia e forças aleatórias envolvidas no experimento de Miller.
Não há tendência química inata de os vários aminoácidos soldarem-se uns aos outros em determinada sequência. Qualquer aminoácido pode com a mesma facilidade soldar-se a qualquer outro. O único motivo, em absoluto, pelo qual os diversos aminoácidos soldam-se uns aos outros numa sequência precisa nas células de nossos corpos é eles serem direcionados para fazê-lo por uma sequência já existente de moléculas encontradas em nosso código genético.
Em a Natureza há o que os cientistas chamam de aminoácidos destros e canhotos. Entretanto, a vida requer que todas as proteínas sejam canhotas. Assim, não apenas os milhões de aminoácidos têm que estar na sequência correta como, também, todos têm que ser canhotos. Se um aminoácido destro mesclar-se com eles, as moléculas de proteína não funcionarão. Não haverá nenhuma vida!
Se a célula houvesse evoluído, teria que ter evoluído de uma só vez. Uma célula parcialmente evoluída não pode esperar milhões de anos para tornar-se completa porque será altamente instável e rapidamente se desintegrará no ambiente aberto, especialmente sem a proteção de uma membrana celular completa e plenamente funcional. E mesmo havendo uma célula completa, isso não significa necessariamente que haverá vida. Afinal de contas, mesmo uma célula morta está completa pouco depois de morrer!
Obviamente, uma vez havendo uma célula completa e viva, existem o código genético e outros mecanismos biológicos para dirigir a formação de mais células. A questão é como a vida poderia ter surgido naturalmente quando não havia ainda mecanismo nenhum de direcionamento em a Natureza.
O grande cientista britânico Sir Frederick Hoyle disse que a probabilidade da sequência de moléculas na mais simples das células vir à existência por acaso é equivalente a um tornado atingir um ferro-velho de peças de avião e montar um Jato Jumbo 747!
Graças a escritores evolucionistas populares como Richard Dawkins, muitas pessoas na sociedade vieram a acreditar que a seleção natural resolve todos os problemas da evolução.
A seleção natural não pode produzir nada. Ela só pode "selecionar" a partir daquilo que é produzido. Além disso, a seleção natural só funciona quando há vida, e não antes.
Os evolucionistas acreditam que as mutações por acaso no código genético produzem genes cada vez mais complexos para a seleção natural usar, de tal maneira que a vida possa evolver das espécies mais simples para as mais complexas. Não há evidência de que mutações por acaso consigam proporcionar ou proporcionem genes mais complexos sobre os quais a seleção natural possa atuar de tal modo que seja possível evolução de espécies mais simples para espécies mais complexas. É como dizer que modificações aleatórias causadas por um terremoto aumentarão a complexidade das casas e edifícios!
A seleção natural não é uma força ativa. É um processo passivo em a Natureza. Apenas aquelas variações que têm valor de sobreivência são "selecionadas" ou preservadas. Uma vez que uma variação tenha poder de sobrevivência então, naturalmente, não será por acaso que ela será "selecionada". A seleção natural, entretanto, não produz ou projeta tais variações biológicas. A expressão "seleção natural" é simplesmente uma figura de linguagem. A Natureza não procede a nenhum processo de seleção ativo ou consciente. Trata-se de um processo inteiramente passivo. "Seleção natural" é apenas outro modo de dizer "sobrevivência natural". Se ocorrer uma modificação biológica que ajude a espécie a sobreviver, então essa espécie, obviamente, sobreviverá (isto é, será "selecionada"). A seleção natural só pode "selecionar" a partir das variações biológicas possíveis numa espécie.
Em meio aos argumentos de evolução e projeto inteligente, é assombroso quantas pessoas na sociedade, inclusive as de alto grau de instrução, acreditam que os cientistas já criaram vida em laboratório. Isso nunca aconteceu.
Tudo o que os cientistas fizeram foi a engenharia, em laboratório, de formas de vidajáexistentes, logrando a produção de novas formas de vida, mas eles não produziram essas novas formas de vida a partir de matéria não viva. Mesmo se os cientistas um dia produzirem vida a partir de matéria não viva, isso só poderá acontecer ou por meio de projeto ou planejamento inteligente, e portanto isso ainda não dará apoio a qualquer teoria da vida ter-se originado por acaso, ou da evolução.
Mesmo a vida artificial, ou sintética, é uma criação dos cientistas, por meio de projeto inteligente, de um código de DNA construído a partir do "zero" o qual é então inserido numa célula viva já existente.
Não há simplesmente base científica para acreditar-se que a vida possa ter surgido de processos ao acaso, mesmo se supostas as condições ambientais ideais para a manutenção da vida. E se descobrirmos vida em Marte?
Mesmo que descubramos vida em Marte, isso não provará que a vida originou-se por acaso. Ademais, se encontrarmos evidência de vida em Marte, ela mais provavelmente ter-se-á originado em nosso próprio planeta - a Terra! No passado da Terra havia poderosa atividade vulcânica que poderá facilmente ter expelido rochas e detritos contendo micróbios no espaço exterior, muitos dos quais poderão ter finalmente atingido Marte. Um artigo de 21 de setembro de 1998, página 12, na Newsweek, menciona exatamente essa possibilidade.
"Acreditamos que haja cerca de 7 milhões de toneladas de solo da Terra assentadas em Marte", diz o cientista Kenneth Nealson. "Há que considerar-se a possibilidade de, se for descoberta vida em Marte, ela poder ter-se originado da Terra" [Weingarten, T., Newsweek, 21 de setembro de 1998, p.12].
Isso também explicaria, como ressaltou o cientista do MIT Dr. Walt Brown, por que alguns meteoritos contêm compostos orgânicos, visto serem remanescentes do entulho original expelido da Terra devido às antiquíssimas perturbações e atividade geológica muito violentas.
As leis naturais são adequadas para explicar como a ordem funciona na vida, no universo, e até num forno de microondas, mas meras leis naturais não direcionadas não conseguem explicar plenamente a origem de tal ordem.
O melhor artigo já escrito refutando a origem da vida por acaso é "Algumas Razões Pelas Quais uma Origem Evolucionária da Vida é Impossível" - "A Few Reasons an Evolutionary Origin of Life Is Impossible" pelo cientista e bioquímico Dr. Duane T. Gish. O Dr. Gish apresenta "simples" mas profundos impedimentos científicos à evolução que não são mencionados ou cobertos no livro didático de biologia do ensino médio do Joãozinho ou, a propósito, nem nos livros didáticos universitários. É realmente um excelente artigo! Pode-se ter acesso ao artigo do Dr. Gish em http://icr.org/article/3140/ .
Tudo isso simplesmente significa que a ciência real apóia a fé num Projetista inteligente por trás da origem da vida e do universo. É pura questão de justiça que a evidência em apoio da teoria do projeto inteligente seja apresentada aos estudantes paralelamente à teoria da evolução.
A ciência não pode provar que estamos aqui nem por acaso nem por projeto. Ambos exigem fé. Onde você depositará sua fé?
*O autor, Babu G. Ranganathan, é Bacharel em Artes - Bachelor of Arts com concentração em teologia e biologia e foi reconhecido por seus escritos a respeito de religião e ciência na 24a. edição do Quem é Quem no Oriente - Who's Who In The East, da Marquis. Pode-se ter acesso ao website do autor em www.religionscience.com .
Autor do post : Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme
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