Este sábado (20) as tropas russas realizaram exercícios chamados "tríade nuclear", sem precedente "na história recente da Rússia", comunicou o porta-voz do presidente Putin, Dmitry Peskov. Os exercícios foram encabeçados pelo comandante supremo das tropas do país e chefe de Estado, Vladimir Putin, destacou.
" A tríade nuclear" é composta por bombardeiros estratégicos e mísseis nucleares de longo alcance lançados por terra e mar. Fazem parte das Forças nucleares estratégicas russas.
Um míssil balístico intercontinental (ICBM) Topol RS-12M foi lançado de uma instalação em Plesetsk no norte da Rússia, e submarino nuclear "Pobedonosets Sviatoi Gueorgui" lançou outro ICBM do Mar de Okhotsk. Os mísseis atingiram os alvos de teste em Kamchatka, disse o Ministério da Defesa. No entanto, o Ministério não precisou se se trata dos mísseis de vetor Sineva ou do mais recente de Bulava, que tiveram dificuldades em vários testes antes de sua entrada em prontidão de combate.
Além disso, os bombardeiros de longo alcance Tu-95 e Tu-160 dispararam quatro mísseis guiados que atingiram seus alvos de teste na região siberiana de Komi, no noroeste. De acordo com Peskov, Vladimir Putin ficou satisfeito com o resultado dos exercícios.
"Vladimir Putin deu nota alta às unidades de combate e tripulação e o trabalho do Estado-Maior das Forças Armadas que cumpriu as tarefas antes deles e afirmaram a confiabilidade e a eficácia das forças nucleares da Rússia." Os exercícios incluíram testes de sistemas de comunicação e "novos algoritmos" para comando e controle, disse.
Segundo os últimos dados divulgados, nos finais de 2011 a Rússia teve 492 portadores estratégicos capazes de transportar 1.492 ogivas nucleares. Nos anos 2013-2015, a Rússia planeja gastar em arma nuclear mais de 100.000 milhões de rublos (cerca de 3.250 milhões de dólares). Permaece o único pais capaz de destruir os EUA numa guerra nuclear.
Durante uma reunião sobre o programa nacional de rearmamento em julho passado, Putin reiterou que Moscou não tem a intenção de embarcar na corrida armamentista. Porém, que "ninguém tenha dúvidas sobre a precisão e eficácia de nosso potencial nuclear e os nossos meios de defesa aeroespacial", alertou.
Foi explícito na ocasião para informar que em 2020 armas modernas representarão 75-85 por cento das Forças nucleares estratégicas e pelo menos 70 por cento na defesa aeroespacial.
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