Roscosmos responderá por falhas no Glonass

O primeiro vice–primeiro ministro do Governo russo , Serguei Ivanov, exigiu hoje (23) os dirigentes da agência espacial russa, Roscosmos, responderem pessoalmente pelas deficiências em funcionamento de Glonass, o sistema nacional de navegação via satélite.

Photo: Roscosmos responderá por falhas no Glonass

Roscosmos responderá por falhas no Glonass

 “ A composição do grupo ( de satélites) na órbita não garante cem por cento a disponibilidade de serviços Glonass no território nacional e as características de precisão não estão à altura dos registros modernos”, afirmou Ivanov numa reunião com os dirigentes de Roscosmos. Uma série de “erros óbvios” fazem necessária a introdução de correctivos em todo programa”, disse.

 Ivanov constatou que a indústria local não garante ainda a fidelidade necessária de alguns elementos usados no equipamento a bordo, nem produz suficientes navegadores Glonass para cobrir a demanda.

 Apenas apareceram nas lojas , a gente os tirou como nos tempos de desaparecimento total, constatou. Ao recordar que Roscosmos coordena todo o projeto Glonass, Ivanov destacou que dirigentes terão a “responsabilidade pessoal pelo desenvolvimento de componentes e do sistema em seu conjunto”.

Também ressaltou que o pragmatismo económico , os interesses da segurança nacional e a solução de grandes tarefas científicas devem ser critérios fundamentais à hora de marcar as directrizes para o desenvolvimento de investigações espaciais.

É inadmissível promover projetos de tanta envergadura e , por consequente, tanto custosos, “para comprazer ambições próprias ou conseguir certos objetivos ilusórios”, disse.

 O lançamento de satélites estrangeiros é hoje em dia a principal fonte de ingressos para Roscosmos ainda que muitas vezes as empresas e instituições russas se vão obrigados depois comprar mais caro a informação fornecida por tais satélites.

Se não forem tomadas as medidas para mudar esta situação, Rússia   “  se converterá pouco a pouco em um cocheiro espacial ao serviço de senhores estrangeiros”, advertiu Ivanov.

 Por Lyuba Lulko