A Rússia pode dar uma resposta totalmente inesperada ao plano dos EUA do escudo anti-mísseis na Europa. O embaixador russo em Minsk, Alexandr Súrikov, mencionou ontem (27) que é possível que a Rússia coloque instalações que têm relação com armas nucleares na Bielorrússia, em resposta a estes planos dos Estados Unidos .
Alguns expertos russos têm dúvidas de que Moscovo realize este variante a curto prazo e dão a entender que o diplomata fez uma tentativa por sondar a opinião pública.
Esta terça-feira (28), segundo o jornal Izvestia, o diplomata declarou que foi um mal- entendido e que tinha falado só de uma própria versão da situação a desenvolver.
Segundo a opinão dos expertos o embaixador queria sondar a reacção por parte do Ocidente e Bielorússia e que na realidade não há planos de instalar armas nucleares neste país.
Foi debatida a possibilidade de colocar na Bielorússia os sistemas Iskander , tendo em conta a recusa dos paises da Nato de ratificar a versão adaptada do Tratado sobre as Forças Armadas Convencionáis na Europa, senalou Vladímir Yevséiev, do Instituto russo da Economia Mundial e Relações Internacionais.
Em princípio é possível instalar em estes sistemas as armas nucleares. Segundo Yvséev a curto prazo é pouco provavel o fornecimento de Iskander à Bielorússia, e ainda menos da plataforma móvel tipo Topol-M . Talvez, se trate de instalar lá os aeródromos com aviões que fariam as transferências de combustível em vôo para a aviação estratégica russa.
Outro experto , o adjundo do Secrtário Geral da União da Rússia e Beielorússia, Ivan Makuchok , declarou ao jornal Kommersant que a variante de instalação dos mísseis russos pode ser conciderada como séria. Devolver os mísseis aos antigos bases terrestres fixos é mais rápido que construir um radar na Europa, e será não a resposta , mas uma antecipação. Para Moscovo a Beilorússia é uma carta de triunfo em jogo com EUA, disse.
Seja o que for, mas é a primeira vez que um representante oficial de Moscovo menciona esta possibilidade, tendo o assunto sido abordado sempre com muita cautela, incluindo pelo presidente bielorruso, Alexandr Lukashenko, considerado pelos EUA «o último ditador da Europa».
Após o desmembramento da União Soviética, a Bielorrússia (assim como a Ucrânia e o Cazaquistão) ter renunciado às armas atómicas herdadas da URSS e se ter proclamado um Estado livre de armamento nuclear em 1996.
Por Lyuba Lulko
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