O assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaya foi cometido no dia em que o Presidente Putin celebrava o 54º aniversário e os autores do crime não podiam inventar maior "presente envenenado" para o dirigente russo.
Os crimes semelhantes têm a alta repercussão pública e abalam o prestígio de qualquer governo. Esta versão além da "marca chechena" será investigada pela Procuradoria-Geral russa, declarou à Interfax uma fonte policial. Serão investigadas e outras versões.
Politkovskaya nos seus artigos havia acusado os dirigentes do atual governo checheno de raptarem civis, torturarem, matarem, os generais pelos abusos de direitos humanos na Chechênia, havia investigado a atuação dos grupos criminosos.
O ex-presidente soviético, Mikhail Gorbachev, accionista do Novaia Gazeta,em que trabalhava Politkovskaya, referiu-se à morte de Politkovskaia como "um golpe para toda a imprensa democrática" e "um grave crime contra o país, contra todos nós".
Os procuradores anunciaram uma investigação de homicídio e estava a ser feito um retrato do alegado atacante a partir de imagens da câmara de vigilância do edifício onde a repórter morava. Uma pistola e quatro balas foram encontradas junto ao corpo.
Nascida em Nova Iorque, filha de diplomatas da Ucrânia soviética, Politkovskaia estudou na Universidade de Moscovo e começou por trabalhar em media estatais. Depois do colapso da URSS, passou a escrever nos jornais independentes que tinham surgido sob a governação de Gorbachev.
No ano passado, Anna Politkovskaya venceu em Espanha o prémio Vasquez Montálban de Jornalismo Internacional.
Pravda.ru
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