Ao discursar terça-feira(27) em Moscou numa conferência dos embaixadores russos, o Presidente da Rússia Vladimir Putin, tocou nos principais aspectos da política externa da Rússia.
Referiu-se, em primeiro lugar, às relações com os Estados Unidos. No dizer do presidente, a parceria entre as duas maiores potências mundiais só pode fundamentar-se em igualdade e respeito mútuo.
A Rússia propõe iniciar um processo de conversações com vista à adoção de um documento que substitua o atual Tratado sobre os Armamentos Ofensivos Estratégicos, porque está preocupada com a estagnação na área do desarmamento.
Mas o chefe do Estado notou que a Rússia não apoiará propostas que incluam ultimato para a solução de problemas relativos à não-proliferação de armas de extermínio em massa.
"Volto a ressaltar: não temos a intenção de somar-nos a qualquer tipo de ultimato, que só levam a situação a um atoleiro e constituem um golpe ao prestígio do Conselho de Segurança da ONU",disse.
Vladimir Putin acha que o potencial conflituoso no mundo continua aumentando. A Rússia não precisa de confrontação; daí, seu apoio a todas as iniciativas formuladas a fim de promover o diálogo entre as civilizações disse o chefe do Estado.
Ele propôs ampliar consideravelmente a cooperação internacional no combate ao terrorismo e ao narcotráfico, assim como nas operações de pacificação e na reparação das sequelas das calamidades naturais. Na opinião do presidente russo, tal integração poderia se processar sobre uma base bilateral e dentro das relações entre a Organização do Tratado de Segurança Coletiva e a OTAN.
Em segundo lugar referiu-se ás relações da Rússia com os demais paises da pós soviética Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Putin disse que as relações devem ser baseadas nos princípios que regem a economia e o comércio mundial e mostrou-se surpreso com a reação no estrangeiro à decisão de Moscou de vender gás a preços de mercado aos países vizinhos.
Moscou, continuou Putin, "não questiona o direito dos países da CEI de atuar por conta própria, tanto em seu próprio território como na política internacional, mas isto significa que nós também temos direito a escolher nosso próprio caminho".
Segundo o presidente , em alguns países da CEI se observam "tentativas de buscar protetores distantes, tendo em conta a Geórgia e a Ucrânia, membros da CEI, que já anunciaram seu objetivo de incorporar-se à Otan, decisão que enfraqueceu suas relações com a Rússia.
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