É fácil perceber os erros do planeta terra: aquecimento global, poluição, pobreza, desigualdades, ganância desenfreada, injustiças sociais, pseudodemocracia, torturas, invasões, produção de armas de destruição em massa, barbáries, imposições.
É fácil perceber a utilização do poder para subjugar, dominar, escravizar, espoliar, explorar. São flagrantes os exemplos dos norte-americanos, das Nações Unidas, dos poderosos, dos senhores dos anéis.
É fácil perceber o jogo de interesses e o crescimento do individualismo como expressão terminal do capitalismo, do neoliberalismo, da corrida pela vitória custe o que custar.
É fácil perceber o crescimento evolutivo da pobreza, da insegurança, da desigualdade, da discriminação, da desumanidade. De cada três pessoas, duas estão excluídas do mercado de consumo. Mais 20 anos, e a proporção será maior: de cada quatro pessoas, três estarão excluídas.
As definições técnicas de índice de pobreza tipo menos de um dólar por dia são hipócritas, falsas e terríveis. É mais transparente avaliar a quantidade de humanos com acesso à internet, a um veículo novo, a uma unidade de moradia decente, à compra de um livro e por aí afora.
É fácil perceber o diagnóstico: o planeta sofre do mal de conformismo. As pessoas estão perdendo rapidamente a capacidade de reagir. Apenas reagem in extremis.
A saúde pública no Brasil, por exemplo, é um grande absurdo. Primeiro as pessoas devem ser atendidas por um clínico geral. O tempo da consulta varia entre 5 e 15 minutos. São encaminhadas para as filas dos especialistas que medicam sintomas. Moral da história: a maioria das pessoas consome medicamentos para doenças inadequadas. Por todo lugar sobram filas e mais filas. O descaso é vergonhoso. O corporativismo médico é um assalto à dignidade humana. O mais absurdo é que ninguém reclama. A grande boiada segue conformada para o matadouro.
A educação, o transporte, a segurança, o emprego obedecem à mesma regra da saúde pública. Estes exemplos servem para a grande maioria dos países latino-americanos, asiáticos, africanos.
Afinal, cada um cuide de si próprio. Deus cuida de todos.
Os cientistas apregoam que o nível dos oceanos deverá aumentar 6 metros nos próximos 100 anos em função do aquecimento global. Isto vai afetar uma quarta parte da vida terrestre.
Os cientistas alertam para a redução drástica da emissão de gás carbônico na atmosfera sob o risco de uma significativa mudança climática.
Os cientistas alertam para a desertificação de boa parte do planeta apelando para o fim da destruição de matas e florestas.
Os cientistas alertam para desequilíbrios climáticos cada vez mais destruidores ao estilo de furacões, maremotos, enfim.
Para o bem de todos, continue sem reagir. Aleluia.
Orquiza, José Roberto escritor [email protected]
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