Dia das mães

Em 1914, pouco antes de iniciar-se a I Guerra Mundial, o presidente Wilson declarou oficialmente essa festa. A iniciativa foi lançada 7 anos antes pela maestra Anna Jarvis (que morreu solteira e sem filhos aos 84 anos) em honra daquela que lhe deu a vida.

Desde então, se celebra a data sempre na segunda semana de Maio na Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Hong Kong, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia e Turquia. A maior parte da América Latina e várias nações sul-asiáticas comemoram o dia das mães nessa ocasião ou em 10 de Maio. Outros países celebram suas mamães em diferentes datas.

A visão tradicional é que o lugar da mãe é na casa junto aos seus filhos. Com o avanço da indústria e a modernização, a mulher tendeu a incursionar em outros campos. O direito ao voto ou a ser presidentas é algo que as mães começaram a conquistar depois de 1914. No entanto, EUA, Brasil e a maioria das repúblicas americanas jamais tiveram uma mãe na presidência. Nos Andes nenhuma mulher encabeçou o poder alguma vez, seja no incário, na colônia ou na república. Uma exceção é Lidia Gueiler (1979-80) que teve uma das presidências mais curtas e instáveis das 85 que teve a Bolívia.

'Nenhuma mãe tem liderado a ONU, OEA ou às várias instituições financeiras globais'

Algumas mulheres chegaram à presidência de algumas ex-colônias espanholas: Coração Aquino (Filipinas, 1986-1992) e Mireya Moscoso (Panamá, 1999-2004). No Chile há duas mulheres que poderiam suceder a Lagos na presidência do país. Hillary Clinton quer ser a primeira mãe timoneando a Casa Branca.

Nenhuma mãe tem liderado a ONU, OEA ou às várias instituições financeiras globais. Some-se a isso que todas as religiões veneram o papel da mãe, porém nenhuma grande igreja é liderada por alguma delas. Some-se ainda, que todos os Partidos Comunistas postulam a igualdade da mulher, mas nunca uma mãe presidiu alguma das repúblicas que estes partidos controlaram. A chilena Gladis Marín, falecida recentemente, no entanto, chegou à secretaria geral do principal partido comunista sul-americano.

Há mulheres que chegaram a ser primeiras ministras na Ásia: Golda Meir (Israel), Indira Ghandi (Índia) ou Benezir Bhutto (Paquistão). Uma das arquitetas da nova ordem global é Margaret Thatcher (Inglaterra).

O fato de ser mãe, não faz a mulher ser de esquerda ou de direita, nem boa nem má. Há mães exemplares que dão a vida por suas criações e também há aquelas que abandonam ou maltratam a seus filhos ou lhes negam o contato com o pai.

Nossa homenagem às mães deve traduzir-se em considerá-las iguais em todos os sentidos, portanto, para perceberem os mesmos salários, empregos e cargos públicos. Em diversos países há benefícios para as mães que trabalham, estudam ou que assistem a reuniões políticas. São concedidos a elas, incentivos tributários ou monetários, acesso especial à educação ou lhes provêm de creches subsidiadas ou gratuitas.

Em muitos estados europeus a mãe solteira (ainda que não seja heterossexual) é considerada igualmente às demais e têm direito a moradia gratuita, como benefício aos seus filhos.

Prof. Dr. Isaac BIGIO

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