A VERDADE

EDITORIAL

Amigos, mais uma vez vou conversar com vocês, sobre estudo, leituras e vontade de vencer na vida.

Engano de muitos, ao pensar que vencer na vida é ter muito dinheiro. Tentei, tento, e continuarei a tentar convencer aos meus amigos, que o dinheiro ajuda você a ter um pouco mais do que você conseguiu com força de vontade e perseverança.

O mais caro objetivo do ser humano é a felicidade, e essa é muito, mas muito difícil de se adquirir, pois não depende só de nós.

Normalmente, fazendo os outros felizes, já estamos alcançando uma parte de nosso objetivo, mas vai depender muito de quem você escolheu para participar de sua vida intima. A sociedade nos ensina errado, ao nos indicar o dinheiro como causa da felicidade; sendo que na maioria dos casos, o dinheiro só causa infelicidade.

Se a sociedade ensinasse aos jovens, que a felicidade não se encontra nas coisas materiais, mas sim nas espirituais, eu tenho a certeza absoluta, que a juventude estaria vivendo uma vida mais feliz!

Bem, ainda estamos em tempo de mudar, apesar dos Lulas da vida! Até breve!

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

Nessa edição da “A Verdade” votamos com mais capítulos da coletânea “A procura de amor” que irá substituir a rubrica “Do outro lado da notícia”. Está chegando o Natal e Ano Novo por isso vamos pensar um pouquinho mais em amor em vez de política

A PROCURA DO AMOR No 11

Desde que comecei essa série, mas me conscientizo que estamos usando a palavra amor, em momentos totalmente fora de hora.

Ultimamente, naturalmente já conscientizado do absurdo do uso da palavra amor em situações tão contraditórias, não consigo mais ver uma cena, em que se use a palavra amor, onde existisse contacto da palavra com o que presencio

Vou ser mais explicito e direto: em TODOS os filmes em que o homem olha, aparentemente apaixonado, para a mulher ou vice versa; estamos presenciando o jogo do desejo carnal, ou melhor, de necessidade fisiológica!

Pouco a pouco vou começando a compreender o por que da necessidade do homem, de dar um nome bonito a um fato tão banal!

Imaginem vocês, se o homem resolvesse só falar a verdade e dar “nomes aos bois”? Em qualquer cena que hoje chamamos de romântica, (mas, na realidade, é o homem querendo satisfazer os seus desejos fisiológicos) o homem falaria: estou louco para te comer! Estou morrendo de desejo! Como você é gostosa! Será que você é boa de cama?

Penso, meus caros leitores, penso mesmo que me imaginem ser o destruidor das ilusões, o destruidor do amor!

Mas, eu quero sim, destruir esse tipo de “amor” a fim de vocês não enganarem e nem serem enganados por palavras mal colocadas.

Quantos milhões de seres desse planeta vivem (se isso pode ser chamado de viver), drogando-se, por causa do engano de seus pais, que usaram palavras mal empregadas? Daí, desse engano, nasce mais um pobre coitado.

Espero que vocês comecem a compreender que, o engano perpetrado pelos homens, há milênios, NUNCA trouxe felicidade.

Se por acaso alguém consegue satisfazer-se sexualmente e viver com outra pessoa, sem ofendê-la, menospreza-la mais tarde e ainda tratá-la bem; isso é um milagre, e ele é maior ainda quando o parceiro sente o mesmo! Creio que pouco a pouco vocês vão me entendendo, mesmo que muitos não queiram compreender!

Armando Costa Rocha PRAVDA.Ru BRASIL

Pausa

Motivo e inspiração: às vezes você pensa sobre a vida, sobre sentimento, sobre ser ou não ser da vida. Às vezes você tenta raciocinar baseando o seu raciocínio em sua vida dia a dia. Às vezes você deixa a sua mente demente se explicar, já que o que você compreende não o satisfaz. Num desses dias fiz o que começo a gostar cada vez mais de fazer-meditar.

Se tu paras, A procura do que existe E a tempo tu não olhas!

Se tu paras, Sentindo que o tempo passa E tudo o que existe è nada!

Se tu paras, Já cansado de esperar, E em desespero choras!

Não te desesperes, Pois tudo o que é belo, tarda!

Procures descansar um pouco, Olhando mais para onde não olhaste Com a atenção, que devias ter olhado.

Olhe o céu, mas com mais profundidade. Abre-te para as coisas, com muita mais vontade.

Procure dar o que tens, Pois ainda não deste nada.

Procures sentir os que o rodeiam, Sem nada procurar receber.

Se paraste antes, Sem te preparar para ver, O que querias encontrar criatura?

Todos olham! Todos param! Uns por pouco tempo, Outros pela eternidade!

Mas,...o que é a eternidade Para quem o tempo é nada?!

REMINISCÊNCIA

Vamos fazer vocês voltarem ao passado, e por mais incrível que pareça, ele se parece muito com o presente.

O artigo de hoje se chama: “Errar é humano, permanecer no erro é burrice” e foi escrito em 12-6-1986.

De 1891, de acordo com a declaração do Ministro da Guerra, transcrito pelo Jornal do Brasil de 12-6-86 pág.2, até hoje a Constituição consignou as Forças Armadas, como responsáveis pela ordem interna no país!

“O General Leônidas voltou a acusar a Comissão de Estudos Constitucionais, presidida pelo jurista Afonso Arinos...”

Declara também o general: “As Forças Armadas nunca foram intrusas na historia do Brasil. Nós sempre fomos instrumentos da vontade nacional.”

E mais adiante o ministro informa que o Exercito já tem um esquema montado “para fazer valer suas idéias na Constituinte!”

Bem, os caros leitores já sabem o que essas declarações significam!

Mas para os que não compreenderam, por essa ou aquela razão; aqui segue minha analise:

1o – Se erramos desde 1891 (pois isso está demonstrado no decorrer dos muitos golpes militares que tivemos nos anos seguintes), não é o caso de continuarmos errando.

2o – A acusação e ameaças de um Ministro Militar na ativa, a uma Comissão de Estudos Constitucionais já demonstra o grau de liberdade que as instituições civis têm em relação ao poder militar!

3o – As declarações do Ministro, de que: “As Forças Armadas nunca foram intrusas na historia do Brasil...etc...etc...etc...são de uma ingenuidade a toda a prova, e uma ofensa à inteligência do povo brasileiro!

Acabamos, agora mesmo, de sair de um sufoco de mais de 20 anos, que nenhum brasileiro consciente pediu, e que jamais esquecerá! Estamos e vamos continuar a pagar por isso!

O Sr. Afonso Arinos, na revista VEJA de 4-6-86 pág. 8 declara sobre esse tema: “infelizmente, em 21 anos de governo os militares implantaram não só um regime de força, mas também um sistema de corrupção e violência. Eles mesmos não têm mais justificativa para si próprios. A ordem que criaram se transformou em alguns casos em coisas brutais como o atentado do Rio Centro, aquele negocio de jogar as pessoas no mar...” O que o Sr. Ministro considera não ser intruso na historia do Brasil?

Fazer o que os ricos, menos de 1% de nossa população, querem? O que os norte-americanos, nossos ex-patrões querem ou mandam?

Para os civis, não ser intruso é fazer valer a vontade da maioria do povo brasileiro, o que raras vezes o exercito faz, como por exemplo, o digno Marechal Lott, ao não deixar que impedissem a posse do então eleito presidente do Brasil, o saudoso Jucelino!

Sobre a declaração de que o Exercito já tem um esquema montado para fazer valer suas idéias, todos os brasileiros já sabem o significado, pois o Exercito já fez valer suas idéias muitíssimas vezes, vezes até demais; e disso, que o povo, o civil em especial, tem medo!

Nós já vimos o Exercito fazer valer suas idéias, se não me falha a memória, pela ultima vez, foi quando era votado na Câmara um projeto pelas eleições diretas!

Os tanques e soldados armados, como sempre, mostraram ao povo que, quando o Exercito quer, ele faz valer suas idéias!

Um Capixaba pelo mundo, parte 23

Nos primeiros dias na Europa preocupava me muito com os gastos, mas no desenrolar de minha viagem notei e fui cada vez mais me convencendo, de que para usufruir a verdadeira felicidade e do verdadeiro prazer, você não deve estar pensando no dinheiro.

Por isso recomendo a quem vai viajar e pensa em gastar, por exemplo, mil dólares, no máximo, leve dois ou ter mil.

Fui a INTURIST calçando sandálias, sem camisa, mostrando o meu medalhão com Napoleão e Julho César no peito nu, calça curta e naturalmente com minha famosa pasta preta na mão.

Não cortava a barba desde que tinha saído do Brasil, já estava bastante grande e me dava um aspecto não muito digno de crédito.

Quando entrei no escritório todos olharam me de alto a baixo. Fui logo perguntando quanto custava uma permanência de oito dias na URSS. Os funcionários conversaram entre si em tom conspiratório. Eu já imaginava o desprezo que eles deveriam estar sentindo por minha figura, e responderam, 800 dólares, só as diárias em hotel.

Eu tinha a certeza absoluta que esse preço era para os turistas de 1a classe, mas não liguei. Eles estavam querendo espantar um hippie maluco(eu) e esperavam que eu desistisse, mas em vez disso tirei do meu bolso um grande bolo de notas de cem dólares e logo peguei.

Morria de medo de que eles não me deixassem viajar, logo eu, que tinha como um dos maiores sonhos o de conhecer a URSS. Se eles me tivessem cobrado o dobro, teria pago.

O grupo dos rapazes e moças, que me acompanhava nas escapadas do milionário continuou firme na experiência. Eu tinha mais amizade com o rapaz que me tinha vendido o dicionário. Um dia ele me perguntou se poderia levar seus pais num domingo para nos acompanhar e eu consenti com prazer. Nesse dia fui a sua casa e levei o pai, mãe, ele e a namorada.

As tardes de domingo são sempre festivos em Praga, com dança nos restaurantes. No restaurante, ficamos bastante tempo tomando sorvete e conversando, sempre ajudados pelo dicionário. Já chegando a noite, a namorada do meu amigo perguntou se eu gostava de dançar, pois o seu namorado não gostava, disse que sim. Ela então me informou que no centro da cidade tinha um dancing, que por sinal se chamava “Carioca” e praticamente me convidou para ir lá.

No “Carioca” fiz o meu pedido habitual nesses dias: champanhe, e começamos imediatamente a beber. Os pais bebiam pouco, mas os meus amigos me acompanhavam.

Fiquei dançando com a garota por horas. Sempre que ia dançar, deixava o copo vazio, mas quando voltava ele já estava cheio. Resolvi descobrir o que estava acontecendo. Observando a minha mesa, vi o namorado de meu par enchendo o copo. A razão? Creio que nunca saberei.

Numa das vezes quando estava dançando, ouvi um italiano falar em italiano com uma moça do lado. Como conheço um pouco dessa língua, consegui entender:

”Você é linda! Você é bela! Etc... Passava perto dele e falei:” Ó italiano, como vai?”Ele ficou louco de alegria e gritou:” Você fala italiano?”E sem esperar resposta continuou:” Diga a ela que ela é linda, que eu a amo, etc...Etc...Etc...”Logicamente não falei nada e pensei:” Deixe de ser mentiroso, ó Italiano “.

Os pais do meu amigo pediram para ir embora, pois já era tarde.Resolvi brincar um pouco com eles, e na hora que todos estavam sentados no carro, meu amigo do meu lado, comecei a fingir que não conseguia colocar a chave na ignição, parecia que estava bêbado.

Tentava varias vezes e a situação estava realmente cômica, pois recuando e avançando a chave em direção do buraco da ignição fingia que não conseguia realizar a façanha. Por fim, mostrando a minha total incapacidade de colocar a chave no lugar, dei as para meu amigo e pedi para ele fazer isso por mim. Nessa hora o pai, que não tirava os olhos dos meus movimentos, entrou em pânico, deu um pulo, e saiu do carro correndo chamando a esposa, seu filho e a respectiva namorada. Mas meu amigo, apesar de vários pedidos, recusou a todos e permaneceu comigo, creio que estava com vergonha de me deixar sozinho. Conclusão: levei o meu amigo em casa, logicamente ele me indicando o caminho, e na volta já, que era noite escura e como não encontrava o caminho para o hotel, parei o carro perto de uma casa e dormi até a manha do dia seguinte.

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

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