Analfabetismo cai para 8,6% entre pessoas com 15 anos ou mais

Taxa de escolarização das crianças entre 6 e 14 anos de idade é de 98,2%/Crédito: Prefeitura de Carmo do Rio Claro/MG

60% dos analfabetos têm mais de 50 anos

A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais no Brasil em 2011 foi de 8,6% (12,9 milhões de analfabetos), 1,1 ponto percentual a menos do que em 2009 (9,7%). Entre os analfabetos, 96,1% estavam na faixa de 25 anos ou mais de idade. Desse grupo, mais de 60% tinham 50 anos ou mais (8,2 milhões), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011 - (divulgada nessa sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Em 2011, a população de dez anos ou mais tinha, em média, 7,3 anos de estudo. As mulheres, de modo geral, são mais escolarizadas que os homens, com média de 7,5 anos de estudo, enquanto eles têm 7,1 anos de estudo.

Escolarização - De 2009 para 2011, a taxa de escolarização das crianças entre 6 e 14 anos de idade aumentou em 0,6 ponto percentual, chegando a 98,2%.  O acesso de crianças entre 4 e 5 anos de idade à creche e à pré-escola subiu de 74,7% em 2009 para 77,4%. No ensino fundamental, ainda que o acesso esteja quase universalizado, também cresceu a frequência de estudantes de 6 a 14 anos à escola - de 97,6% em 2009 para 98,2% em 2011.

Os números apontam aumento em regiões e públicos historicamente negligenciados, especificamente no Nordeste, onde as taxas são quase as mesmas das médias nacionais. Na faixa de 4 e 5 anos, por exemplo, é a mais alta entre as regiões do País (83,5%).

Rede pública - Até o ensino médio, a rede pública de ensino foi responsável pelo atendimento da maioria dos estudantes. Dos 53,8 milhões de estudantes estimados em 2011, 42,2 milhões (78,4%) eram atendidos pela rede pública. No ensino superior (6,6 milhões de pessoas), a rede privada atendeu 73,2%. 

A Pnad mostra expansão na taxa de atendimento em instituições de educação superior públicas. Em 2009, elas concentravam 23,3% das matrículas em cursos superiores; em 2011, o número subiu para 26,8%. O MEC atribui parte desse aumento à adoção de políticas de expansão e interiorização das universidades federais, entre elas, a criação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Qualidade - Dados do Ideb de 2011 mostram que o País atingiu metas estabelecidas em todas as etapas da educação básica (anos iniciais e finais do ensino fundamental e no ensino médio). Nos anos iniciais, o Ideb nacional alcançou pontuação 5. Ultrapassou a meta para 2011, de 4,6, e também a proposta para 2013, de 4,9. 

Maioria das casas é própria e quitada

Em 2011, o número estimado de domicílios particulares permanentes foi de 61,3 milhões - 4,7% a mais que em 2009. Desse total, 45,8 milhões (74,8%) eram domicílios próprios. A média de moradores por domicílio caiu de 3,3 em 2009 para 3,2 em 2011. O número de domicílios unipessoais aumentou de 7 para 7,8 milhões no período. 

O IBGE constatou um aumento da infraestrutura e de equipamentos domésticos nas casas. A rede coletora de esgotamento sanitário passou de 59%, em 2009, para 62,6%, em 2011, alcançando mais 3,8 milhões de domicílios. 

De 2009 para 2011, os bens duráveis com maior crescimento foram o microcomputador com acesso à internet (39,8%), microcomputador (29,7%) e telefone celular (26,6%). O único bem com redução foi o rádio (-0,6%). 

Celular - Na população de dez anos ou mais, 69,1% tinham celular de uso pessoal. O maior percentual de pessoas com celular estava no grupo de 25 a 29 anos (83,1%) e o menor no de 10 a 14 anos (41,9%). 

Em 2011, 77,7 milhões de pessoas de dez anos ou mais declararam ter usado a internet no período de referência de três meses anteriores à data da entrevista, um aumento de 14,7% em relação a 2009. De 2009 para 2011, todas as regiões tiveram crescimento nesse percentual, sendo o maior (17,2%) no Centro-Oeste. Com exceção dos grupos acima de 40 anos de idade, todos tiveram percentuais acima de 50%, tendo o de 15 a 17 anos alcançado 74,1% e o de 18 ou 19 anos, 71,8%. Apenas 18,4% das pessoas de 50 anos ou mais usaram a internet no período pesquisado.

http://www.secom.gov.br/

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