Assassinos de grupos

Assassinos de grupos. 14852.jpegO fato ocorrido no Rio, por todos conhecido e lastimado, era tido como crime praticado por loucos, gente marginal.

            Sou um estudioso da Criminologia, a ciência mais autorizada para falar neste assunto.  Não cito nomes, conferências, doutores e tudo o mais que gostam de apresentar.  Vou direto às conclusões hoje unanimemente aceitas, sem discordâncias.

            O tipo criminoso sempre possui três características fundamentais: tem certeza de que a sociedade não gosta dele; quer vingança por este motivo, matando muitos e finalmente, deseja ser conhecido e divulgado.

            As duas primeiras anomalias só são conhecidas após a matança.  Mas a terceira pode ser evitada.  Basta que a mídia, ávida por publicar em mostrar tudo faz um estardalhaço tremendo.  Entrevista amigos do assassino, parentes, professores.  Ou seja, encarrega-se de cumprir o último desejo destes desajustados sociais e mentais.

            Conclusão: o dia que for noticiado secamente o fato, sem análises nos jornais e redes de televisão, o futuro desencontrado psíquico perde sua vontade de cometer o crime.  Se ele não vai ser reconhecido, fica faltando um item indispensável.  E ele desiste da idéia.

            Mas é mais fácil tratar de um paciente destes do que convencer os jornalistas que eles estão errados.  Esta última hipótese é impossível de acontecer.

            Portanto, que ninguém se assuste.  Vem outra matança por aí, como nos Estados Unidos.

 Jorge Cortás Sader Filho é escritor

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