Ser socialista

Não existe regime político mais perfeito do que o socialismo democrata.

Mas afinal, na verdade, que regime é este? Como funciona? Quais são suas vantagens? É a pergunta feita de imediato.

Socialmente, é uma igualdade entre os cidadãos. Não escolhe cor, religião ou qualquer outro fato lícito que faça distinção entre os homens.

Politicamente, adota o congresso livre e representando o povo e os estados. Eleições honestas, não permitindo fraudes, na medida do possível, pois que há sempre uma escapada, é impossível negar tal fato.

O presidente da República existe, mas ele obedece ao colegiado que é presidido pelo Primeiro-Ministro e seus assessores. Ele é o parlamentar que mais votos conseguiu no partido a que pertence, vencedor no pleito eleitoral.

É sacramentado o plebiscito. Toda vez que determinada parte do povo for contra ato do legislativo ou executivo, mediante assinaturas com o título de eleitor, e em número a ser fixado por lei, a consulta pelo voto popular é feita.

Seu resultado deve ser obedecido, seja municipal, estadual ou federal.

Caso exista falha na condução de um poder, será feita uma moção de desconfiança. Aprovada, o titular perde imediatamente o cargo. O congresso elege outro nome, por maioria simples.

As prioridades deste modelo são o ensino, até o nível superior, a saúde em todas as suas circunstâncias, o saneamento básico, e a segurança do povo.

O enriquecimento lícito é permitido, e o ilícito confiscado pelo governo, após ter transitado em julgado a decisão condenatória.

Como o mandante é o povo com seu voto, o Judiciário também está sujeito a ter suas decisões submetidas a plebiscito.

O governo está obrigado a prestar contas da arrecadação e despesa, trimestralmente. O não cumprimento desta regra implica em moção de desconfiança.

Busca-se a justiça social no seu mais alto nível, sem tolher os direitos fundamentais do homem, consolidados universalmente.

O atual socialismo é assim. Democrático aos extremos, como já existe na Suíça. E onde reinam a paz e a tranqulidade.

Jorge Cortás Sader Filho é escritor