A VERDADE

EDITORIAL

Mais uma semana de tristezas pela situação mundial. Tantas injustiças e total falta de segurança, não só nas ruas de nossas cidades, mas em TODO o mundo!

Gostaria tanto de falar de coisas bonitas e de um futuro risonho, mas sei que seria falso.

Sinto que vocês não estão com esperança no amanhã, e infelizmente eu não lhes posso ajudar de imediato.

Tudo está errado!

Perdemos a noção de Justiça! A mídia nos engana, apresentando como mundo normal, a diferença entre os ricos e miseráveis, entre agressores e agredidos, entre os bons e maus!

Vocês os jovens, são a ultima esperança, e vocês, infelizmente, se deixam levar por falsas informações de felicidade.

A liberdade sexual TOTAL, tão celebrada por vocês, não foi algo que, como vocês acreditam, vocês conseguiram. Foi a última carta jogada pela sociedade de consumo, para que vocês não pensassem no futuro, que não virá.

Acordem! Pois só vocês podem fazer algo por esse mundo em estado terminal! Até amanhã!

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

“CRISTO ABANDONADO”

Estamos presenciando o cerco e ataque à Belém, e em especial à Igreja da Natividade. Perguntaram-me: o que tem isso de importante?

Pergunta mais do que lógica, pois estamos crucificando Cristo novamente, na demonstração de indiferença pelo ataque e destruição de um lugar, que há bem pouco tempo era considerado o local onde o Salvador tinha nascido.

Cristo foi abandonado novamente, não só pelos católicos, mas pelas TODAS as organizações religiosas cristãs do mundo, que só se interessam em obter lucros com o nome de Cristo e não querem pensar em problemas.

Creio, que se Cristo viesse ao mundo hoje não lhe dariam o cartaz de uma crucificação, simplesmente lhe metiam uma bala de um 38 na cabeça e depois jogavam o corpo em um deposito de lixo qualquer.

Tanto fingimento, tanta mentira, tanta falsidade.É “o mundo podre em que vivemos”, como sempre escrevo em meus artigos.

Para os meus leitores sentirem um pouco da realidade do que representa o amor do povo cristão por Cristo basta perguntar: qual seria a reação do nosso povo se cercassem e tentassem destruir a casa onde nasceu o “rei” Roberto Carlos? O povo massacraria os “infiéis”! Faria uma revolução e seria até capazes de derrubar governos!

E casa do Elvis Presley? A reação seria a mesma ou talvez pior!

E dos “Beatles”? O mundo vinha abaixo!

Como vocês podem ver, os valores são outros. O homem se modificou de mais! Como ele trata Cristo? Bem..., cantado em ritmo de rock ou samba ainda passa, para mais..., ele está morto!

Termino o meu artigo com essas simples palavras: o mundo é assim! E daí?!

Nascimento e morte do amor

Motivo e inspiração: conheci logo na minha primeira viagem a Finlândia Satu, a finlandesa que me fez amar pela primeira vez na Europa. A nossa concepção de vida era totalmente diferente.O meu amor era muito grande, tão grande que me mostrou, que a vida pode ser vivida muito diferente do que os nossos pais nos ensinaram. Os pais da Satu tinham-lhe ensinado que o trabalho é o fato mais importante na vida, eu discordava. Satu por sua vez me ensinou muito, mas não conseguiu tirar-me do meu “maktub”( destino)

Nasceu num dia, muita alegria, tudo em flor Sente-se no ar a felicidade, A felicidade de se amar. Dias se foram, quantos não sei?

Mas a felicidade desses dias Eu jamais esquecerei. Mas depois veio a verdade E com ela a tristeza de te perder.

Morreu em mim o que sentia! Morreu em mim a alegria! Tudo se foi, nada mais resta, Como lembrança do dia em que nasceu!

REMINISCÊNCIA

Vamos fazer vocês voltarem ao passado, e por mais incrível que pareça, ele se parece muito com o presente.

O artigo hoje, se chama: “Infantilidade ou burrice?” e foi escrito em novembro de l985.

A capa da revista VEJA de 16-10-85, foi para os não analfabetos do Brasil, decepcionante, apaixonada, infantil ou paga.

O titulo: “A espetacular vingança americana” é de um fanatismo Yankee a toda prova! Quatro caças americanos F-14 contra um avião comercial da Líbia, desarmado, nunca, em hipótese nenhuma poderia ser chamada de “Espetacular Vingança Americana”, a não ser em mentes doentias, iguais ou piores do que a do presidente fascista Reagan. O artigo dos senhores, ditos jornalistas: Alessandro Porro e de Roberto Garcia, é tão infantil, que pediria a um psicólogo que examinassem os autores, e aposto que ele chegaria á mesma conclusão de que eu cheguei. Que o artigo foi escrito por adulto ou adultos retardados mentais, que passaram a infância lendo historinhas de Super-Homem, mais tarde Homem -Aranha e por fim vendo os filmes de Rambo, e com isso se igualando a capacidade mental do Sr. Reagan!

Felizmente a doença dos dois jornalistas (creio eu), não nos incomoda muito, mas o que fazer relativo ao Presidente Reagan?

Será que não tem nenhuma organização mundial, (o Tribunal Internacional de Haia já não vale, conforme declarações do governo norte-americano) que impeça que esse caubói com seu complexo de Rambo use o mundo, para as suas aventuras de “Bang-Bang”? Temos que acabar com o terrorismo, essa é uma grande verdade; mas creio que para isso precisamos de um bombeiro e não de um incendiário!

Um Capixaba pelo mundo, parte 13

Comprei passagem para a Bélgica (Ostende), e ao atravessar o Canal da Mancha, a bordo de um ferry-boat, tive uma “aventura” interessante. Uma turma de crianças se aproximou de mim. Procurando me comunicar lembrei de um conselho que me deram no Brasil: “quando perguntarem a você d’onde você é responde: Brasil, futebol, Pelé!” Foi o que eu fiz! Não demorou muito e todas as crianças fizeram uma grande fila e todas elas, com lápis e cadernos nas mãos me pediram: por favor, o autografo! Escrevi o meu nome umas cem vezes. Creio que elas pensavam que eu era o Pelé, apesar de eu assinar sempre o meu próprio nome.

Como fiquei cansado, resolvi mudar para o outro lado do navio, e aí aconteceu o que eu não esperava. Os adultos ao me verem mudar de lugar, pensaram que realmente eu era famoso e também se organizaram em uma fila, pedindo autografo. Assinei assim o meu nome mais umas dezenas de vezes.Quando alguns anos mais tarde contei essa “aventura” para minha esposa, que é da Polônia, ela não ficou surpreendida com a “ignorância” dos passageiros do ferry-boat, porque ela também não sabia que Pelé era negro, isso claro antes dela vir morar no Brasil!

Mais tarde, um rapaz aproximou-se, dizendo, que sabia falar espanhol. Pedi que me ajudasse, pois minha situação, por não entender línguas, não estava nada boa. Ele então me informou que ia para Bruxelas visitar a sua avó e diz que, poderíamos ir à sua casa, seguindo depois a procura de acomodações para mim. Aceitei a proposta apesar de começar a desconfiar de sua masculinidade, dado o seu modo de agir.

Desembarcamos e seguimos para Bruxelas, onde depois de tomar chá e torradas na casa da avó do rapaz, saímos a procura de uma pensão ou hotel onde deveria me hospedar.

Encontrando a pensão, tomei um quarto, cujo numero era “5”, o numero que nunca mais esquecerei dado a situação em que me encontrei mais tarde. Levei minhas malas para o quarto e quando estava colocando-as perto da cama reparei, que o rapaz tirou a chave do lado de fora da porta e fechou a dita pelo lado de dentro.Senti um sinal igual à série “Perdidos no Espaço” que dizia: Perigo...Perigo...Perigo...Não tenho nada em particular contra esse tipo de pessoas, mas não me sinto bem com elas.

Dirigi-me para a janela. Apesar de já ser mais de 21,00 horas, o sol ainda estava brilhando com intensidade. O rapaz aproximou-se e eu, muito sem graça, comentei: “como está muito claro ainda vou dar uma volta para conhecer melhor o lugar em que me encontro e poder no futuro encontra-lo com facilidade”. O meu anfitrião ficou surpreso: “logo agora que chegamos?”. Já bastante nervoso, respondi: “é, mal chegamos e já vamos sair!”. Dito isso corri imediatamente para a porta, abrindo-a com um safanão! Ele se quedava com a boca aberta, naturalmente, surpreso com minha reação.

Andamos um pouco. Ao se despedir, o rapaz declarou que, no dia seguinte, antes das oito da manha, estaria na pensão para servir de guia na capital belga.

Logo que ele foi embora, me dirigi à estação de trem e comprei passagem para Amsterdã, com a saída às oito horas, na manha seguinte. Na pensão pedi ao gerente para me acordar as seis, pois queria sumir mais cedo possível. No dia seguinte levantei antes da hora marcada e só respirei aliviado quando estava na estação. Conclusão: sai de Bruxelas quase sem conhecer a cidade, o que faria só alguns anos mais tarde. Como geralmente acontece na Europa, o trem partiu às 8.00 em ponto. As 7.59 as portas dos vagões foram fechadas.O ajudante de estação, com uma bandeirinha na mão ficou observando o relógio e quando os ponteiros chegaram exatamente nas oito horas, ele deu ordem de partida do trem.

Isso me impressionou muito. Mas, claro, hoje em dia todas grandes estações de trem são administradas por computadores.

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

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