Sem covardia, Lutar

Fahed Daher

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem caráter, nem dos sem ética.”

“O que mais preocupa é o silêncio dos bons. --Martin Luther King”.

Certa vez, há a alguns anos, eu, médico, muito jovem, lutava pelos direitos da minha comunidade, meu município, ao passar por uma rua comercial, fui abordado por empresários que me aplaudiam e me cumprimentavam, pelas minhas atividades comunitárias. Solicitei: “-- Preciso do apoio de vocês.”

Os que ali me cumprimentavam tiveram um recuo com afirmações tais como: - “Ora! Sou comerciante. Tenho a minha freguesia, não posso me envolver...”

Ao que, irritado, tive de responder: “Ótimo! Eu, médico, precisando dos meus clientes, mesmo assim luto. Na vossa opinião, sou um idiota, lutando por vocês acovardados nos faturamentos.”

Lembrei de um daqueles gostosos filmes americanos antigos, de “faroeste,” não lembro se com Tim Mackoy ou Buck Jones, só sei que não era o “Uaio Silver.”

No filme havia uma comunidade, ou aldeia, frequentemente saqueada. por bandoleiros. Eles chegavam e saqueavam. Os dignos habitantes e honestos cidadãos se amedrontavam e se escondiam, sujeitos às maiores humilhações.

Um dia chegou o “Mocinho.” Sim. Os astros principais, os heróis, dos filmes de mocinhos e bandidos eram chamados de “Mocinhos.” Sempre se enamoravam da atriz principal, a heroína, que era chamada de “Mocinha.“

Ao um novo assalto dos bandoleiros todos os “honestos” se esconderam e os “bandidos” atiraram, mataram, saquearam, apavoraram toda a cidade.

O “Mocinho” tendo reagido todos se aproximaram dele e o cumprimentaram ao que ele respondeu com altivez:

“– Esta cidade somente terá paz quando todos os homens de bem tiverem a mesma coragem dos cafajestes em defesa da sua honra e dos seus direitos.”

Organizou os grupos e... A uma nova investida dos bandoleiros, o “Mocinho” dispôs cada um dos ”honestos cidadãos,” armados, em um ponto estratégico. Quando os bandoleiros entraram com as violências foram surpreendidos com tiroteios de diversas posições. Foram derrotados. A comunidade passou a ter paz e progresso no trabalho e a criação nobre dos filhos e da organização das famílias.

Numa das guerras em que a Grécia se envolveu e, derrotada... Diante de um dos comandantes que lamentava e se maldizia pela derrota sofrida, uma velha senhora se aproximou do grupo lamentoso e disse: - “Chorais como viúva desvalida pela pátria que não soubeste defender como guerreiros honrados.”

Uma democracia é um governo do povo e para o povo.

Uma democracia não é um governo de um voto do povo para displicentemente permanecer alheio aos desmando dos eleitos e, se lamentar pela ação das falcatruas que fazem contra a soberania nacional, tal como a agressão dos bandoleiros do “faroeste” dos filmes americanos.

A nossa grande sociedade somente terá paz quando este povo honesto e trabalhador tiver a mesma ousadia dos políticos cafajestes. Ousadia organizando grupos interessados na política honesta, com a visão ideal de defesa recíproca e a defesa da família, da honestidade, dentro da moral que a ética nortear, sempre com a visão cristã à semelhança de Deus criador, nas trincheiras da honestidade.

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Médico – Sociedade brasileira de médicos escritores.// Centro de Letras do Paraná.// Governador de Rotary -1995/1996 Distrito 4710.// Academia de Letras de Londrina. // Academia de Letras Centro Norte do Paraná (Apucarana)//Academia de Letras José de Alencar (Curitiba)// Patrono da AVSPS // União Brasileira de Trovadores. -

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