A VERDADE

EDITORIAL

Novamente procuro o melhor para vocês!

O conjunto de informações que apresento, tem como finalidade fazer vocês pensarem.

Os professores ensinam a vocês, a matéria necessária relativa ao ano de aprendizado; e eu apresento noticias e novidades que ajudarão a esclarecer certas dúvidas relativas à vida.

Sei da necessidade que todos temos em aprender no colégio, a fim de, terminado o nosso aprendizado, podermos trabalhar e alimentar a nosso família.

Creio que vocês cumprirão suas obrigações, mas gostaria de pedir a vocês uma maior atenção pela leitura! Infelizmente somos um dos povos que menos lêem no mundo.

A leitura é a base de todo o conhecimento!

Eu sempre fui um leitor fanático! Digo fanático porque lia, na minha juventude nos transportes, durante as refeições e andando na rua! Não indico isso para vocês, por ser (especialmente hoje) muito perigoso!

Gostaria de um dia, entrar em contacto com todos vocês e tentar ajuda-los a compreender a vida. Não a comum, mas a que os deixa confusos.

Até a próxima!

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

DIA 11-9-01

“CONSCIENTIZAÇÃO DE UMA REALIDADE!”

O ataque terrorista aos Estados Unidos, que deixou o mundo chocado não foi exatamente um caso negativo!

Não...não sou louco, mas gosto de mostrar os meus argumentos e deixar os meus caros leitores refletindo para chegarem as suas conclusões!

Quando assistimos na TV os bombardeios realizados pelos americanos no Vietnam, onde morriam milhares de mulheres e crianças, muitas delas sendo queimadas por bombas de napalm, as cenas nos eram tão corriqueiras e normais, que realmente muito pouco sentíamos referente ao fato.

Quando assistimos na TV os bombardeios americanos destruindo Belgrado, os edifícios caindo, mulheres e crianças morrendo; para nos brasileiros, pouco valor emotivo representavam as cenas. O próprio povo americano, em sua maioria absoluta pedia a continuação dos bombardeios. Pouco depois deles, nas telas da TV apareciam os dirigentes da OTAN e entre eles CHAVIER SOLANA, que aos risos e jubiloso, mostrava os estragos produzidos por esse terrorismo de estado.

Alguma autoridade européia pedia para parar com o terrorismo, mas SOLANA declarava que a ação deveria continuar até o governo de Belgrado se render às suas exigências!

Passemos agora aos últimos meses no Oriente Médio, onde os israelitas praticando tiro ao alvo, nunca permitiram, assim como o governo americano, de ser chamada uma força internacional de paz, a fim de separar os belicosos. Vimos nesses dias o assassinato, digo assassinato, pois não creio que um atrito entre homens armados com aviação, marinha e brindados contra outros com pedras e metralhadoras, seja uma guerra ou coisa parecida e sim assassinato, onde os que vão ser assassinados se defendem, enquanto o mundo aprecia pela TV o forte batendo no fraco e se não aplaude, passa nos últimos dias a olhar com indiferença para mulheres e crianças mortas por tiro de canhão e foguetes teleguiados!

Mas, de repente o mundo pára e o assombro é geral! A maior potencia do mundo é atacada e.o mundo insensível, passa a sentir. O que? As mortes de mulheres e crianças americanas, no continente americano, atacado pela primeira vez em TODA a sua história, por aviões, que para maior vergonha, não são militares, mas de passageiros.

Leia com atenção e você chegará a conclusão de que você não está ligando a mínima para a morte de mulheres e crianças; o importante para você e ao mesmo tempo aterrador, é que os deuses estão sendo atingidos!

Estamos agora em uma grande encruzilhada.

Das duas uma:

Primeira: os Estados Unidos sem ouvir o povo ficam loucos e encontram motivos para atacar TODOS os paises do mundo, pois TODOS sem exceção têm algo contra eles. Por isso estaremos caminhando para o fim do mundo!

Segunda (pouco provável): os americanos se conscientizarão de que são vulneráveis e por isso vão querer que o governo dos Estados Unidos deixe o mundo em paz, a fim de que eles também a tenham!

Armando Costa Rocha

GUEVARA

Motivos e inspiração: às vezes penso seriamente na vida, em especial nos que dão tudo pelos seus semelhantes. Creio que os heróis são feitos diferentes. Não pensam em dinheiro, bem estar pessoal e nada os tira dos seus sonhos, que sempre tentam realizar. Em homenagem a um desses grandes e românticos sonhadores escrevi:

Sinto ao te olhar que vou a luta Para continuar d’onde paraste. Quero sentir o que sentiste. Quero sonhar como sonhaste!

Como podem acreditar as bestas, Poder parar, como tentaram, Os que lutam por um ideal, Por amor, pela verdadeira glória?

Pelo resto dos meus dias vou continuar lembrando Uma frase que disseste no calor da luta

“HAY QUE ENDURECER-SE, PERO SIN PERDER LA TERNURA JAMÁS”

REMINISCÊNCIA

Vamos fazer vocês voltarem ao passado, e por mais incrível que pareça, ele se parece muito com o presente.

O artigo de hoje se chama: “O povo agradece ao PMDB e em especial a Tancredo Neves e pede passagem!”. E foi escrito em novembro de l985.

Queremos agradecer a vocês do PMDB, que nos uniram quando estávamos desunidos, a vocês que nos guiaram quando não tínhamos guia, a vocês que pacientemente nos tiraram da escuridão e em especial, agradecemos ao líder incontestável Tancredo Neves, que mesmo não estando presente fisicamente, encontra-se em nossos corações!

Hoje, (não publicamos esse artigo antes de 15-11-85 para não atrapalhar), nos despedimos, pois queremos muito, mas muito mais do que hoje vocês nos oferecem!

O PMDB pára, onde deveria começar. O PMDB quer continuar uma política em que o povo tem vez, desde que não atrapalhe o político.

O PMDB anda com muito cuidado, e, entre um povo faminto que precisaria de ações viris, de ações rápidas e talvez (para o nosso povo) revolucionarias, ele prefere ouvir o que dizem os industriais, as multinacionais, os proprietários, o exercito tutelar mesmo quando se declara tutelado.

Não, o povo precisa de comida, não ratos e fezes, o povo precisa de colégios para se defender de ladrões e mentirosos, nacionais e internacionais e não de políticos que só querem votos; o povo quer casa para seus familiares e não favelas, onde ninguém viu um político morar.

Para conhecimento dos políticos, o povo quer tudo isso agora! O PMDB poderia dar?

Que apareça alguém que lhe de isso, não em 100 ou 200 anos, mas em 10 ou 20, e que o povo sinta, desde o inicio, que as promessas de políticos, única coisa que até agora teve, se realizarão.

Não, “esse povo de quem fui escravo” já não quer ser escravo de ninguém!

Armando Costa Rocha

“Um Capixaba pelo mundo”, parte 12

Eu me sentia como em um sonho e mais tarde cheguei a duvidar de minha existência real. Isso aconteceu quando, depois de passar vários meses por diversos países sem conhecer a língua deles, vivia só com os meus sonhos, que passaram a ser a realidade dessa minha vida.

Comprei passagem para Londres e preparei-me para maiores dificuldades lingüísticas, pois como escrevi para a família: em terras portuguesas eu não tive problemas, na Espanha, um pouco. Na França, foi pior. Agora, na Inglaterra é que iriam ser elas.

Cheguei na Estação Vitória em Londres depois de ter tido duas grandes e novas experiências: 1 – ver o meu trem entrar no ferry-boat, 2 – admirar o espetáculo representado pelas montanhas brancas do rochedo de Dover.

Peço perdão aos meus queridos leitores por não ter falado em detalhes sobre o ferry-boat, pois até ao dia de hoje talvez 1% ou 2 % de nosso povo saiba de sua existência (por isso não encontrei nenhum termo adequado em português pare este tipo de navio).É um navio que transporta no seu interior passageiros, ônibus, carros, caminhões, trailers e esse em que eu seguia para Londres, levava também trem.

A travessia do Canal La Mancha (para os franceses) ou Canal Inglês (para os ingleses) dura 1,20 min. Atualmente existem lanchas rápidas, que não demoram mais de que meia hora e claro, o famoso Eurotúnel.

Na Estação Vitória senti mais profundamente onde é que eu tinha me metido. Muita gente falando uma língua da qual eu entendia no máximo algumas palavras.

Saí com minhas malas para procurar um lugar onde pusesse hospedar-me. Sabia da existência dos tais “bed and breakfast”, ou seja: cama e café da manha. Como não queria tomar um táxi, com medo de perder-me, e também por não saber como indicar a direção decidi ficar perto da estação onde existiam muitos pequenos hotéis. Assim começou uma pequena aventura.

Chegava no hotel, dirigia-me ao porteiro, apontava para o meu corpo e fazia o sinal de dormir. A resposta vinha com o balançar da cabeça e o dedo indicando o “não”. Logicamente o porteiro dizia nessa hora algumas palavras, mas eu nada entendia.

Depois de infrutíferas tentativas em uns seis hotéis, resolvi voltar para a estação e dirigi-me à seção de informação, onde com a ajuda de uma garota que falava espanhol finalmente consegui um lugar numa pensão perto do Hyde Park.

No dia seguinte, pela primeira vez em minha vida, comi um breakfast inglês (café de manha). Ovos fritos com bacon, suco de laranja, flocos com leite, chá com leite e pão com manteiga.

Estava a “120 quilômetros por hora”, querendo conhecer toda a cidade, no menor espaço de tempo possível.

A minha primeira visita, por estar relativamente perto da pensão, foi o Museu de Ciências, onde um mundo de interesse se apresentou diante dos meus olhos.

Tenho realmente muita vontade de descrever o que vi, mas como a minha viagem foi gigantesca, deixo de novo esse privilegio para os que escreveram especificamente sobre turismo profissionalmente e vou sempre tentar me concentrar no aspecto humano e aventureiro das minhas deslocações pelo mundo.

Marquei para ficar quatro dias em Londres, apesar de saber, ser totalmente impossível alguém conhecer essa cidade em menos de 10 dias corridos.

No outro dia estive no Museu Britânico, Museu de Historia Natural, Museu de Cera, Planetário, Museu de Alberto e Vitória, tudo isso correndo, o que me deixou esgotado, chegando à pensão e caindo na cama. Acordava e continuava a maratona, indo visitar a Ponte de Londres, Westminster, a ponte de Waterloo, andando a maior parte do tempo de metrô.

Foram quatro dias super cansativos, mas graças a DEUS já estava restabelecido.

Para minha família escrevi que me estava dando muito bem com os ingleses, pois eu não sabia o que eles falavam e eles não sabiam o que falava eu.

Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL

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Author`s name Pravda.Ru Jornal
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