Expressões musicais populares em debate no ICS

Influência dos ritmos africanos na música brasileira; Música de intervenção na cultura de massas e os exemplos portugueses de Vitorino, Fausto ou José Afonso; A integração da música Rap e das suas vertentes na cultura mundial; Comparação entre o samba e o fado, enquanto estilos perseguidos e descriminados pelas elites e pelos poderes políticos; Recriação dos géneros musicais tradicionais, como o samba, o choro e o fado e a (re)descoberta das cidades.

Estes são alguns dos temas em análise no Seminário “Expressões Musicais Populares de Aquém e Além-Mar” que decorre no dia 11 de Novembro no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL). O Fado, o Samba, o Rap e o Jazz são alguns dos estilos musicais que vão estar em observação do ponto de vista da antropologia e da sociologia.

Numa organização conjunta com o Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança, este seminário de investigação dedicado a expressões musicais populares, terá como oradores José Machado Pais, Pedro Abib, Salwa Castelo-Branco, Frederick Moehn, Rui Cidra, Paulo Carrano, João Soeiro de Carvalho, Maria do Carmo Serén, Pedro Roxo, Chullage, Sara Pereira, Marina Bay Fridberg e Ana Gonçalves.

Aos investigadores presentes irão juntar-se artistas ligados a dois dos estilos musicais em análise - o fado e o samba. Os guitarristas Yami e Ricardo Parreira, os fadistas Helder Moutinho e Marco Oliveira e sambista Pedrão são os artistas convidados a participar no seminário.

No final do primeiro painel será exibido o videodocumentário “Sou de Jogo” de Paulo Carrano. Neste documentário, homens e mulheres praticantes da dança do jongo, género característico de algumas comunidades negras do sudeste do Brasil, entrelaçam depoimentos sobre suas vidas e esta cultura que tem sua origem nas práticas de trabalho, festa, religiosidade e resistência de seus antepassados africanos escravizados no Brasil. Os narradores contam e cantam a cultura jongueira — seus pontos, os tambores, a dança na roda — revelando também histórias pessoais de iniciação, envolvimento, superação de preconceitos — de género, raça e idade — e produção cultural.

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