Estes últimos têm o poder de pôr um determinado estilo ou período em evidência, a partir das grandes exposições que organizam e dos textos que assinam. Assim, o preço de uma obra ou de todo um movimento artístico subirá, no caso de grandes eventos lhes darem visibilidade. Por outro lado, podem cair drasticamente, se houver suspeitas de falsificação.
Caso emblemático é o de Van Gogh. O pintor holandês que não vendeu nenhuma tela durante toda a vida, paradoxalmente, é hoje o artista cujas pinturas arrebatam maiores quantias em leilões. Tal febre tem estimulado a ação de falsificadores. Uma de suas telas com motivo de "Girassóis", comprada por uma empresa japonesa, em 1987, por 40 milhões de dólares, vem sendo apontada como falsa pelos experts. Os argumentos: na tela em questão, não há nenhuma assinatura; ela não consta do diário de anotações do obsessivo artista holandês; seu tamanho é ligeiramente superior ao padrão de Van Gogh; há brilho excessivo nas pinturas e as pinceladas são mais toscas do que nas outras telas do mesmo artista.
Os especialistas acreditam que a cópia tenha sido feita por um restaurador, durante um trabalho que ele realizou para a National Gallery, pois o museu londrino possui uma tela semelhante. Dentre os procedimentos utilizados pelos técnicos responsáveis pela identificação de "autenticidade" das telas, estão a análise química de pigmentos, o raio x, a comparação de traços e pinceladas e, no caso de Van Gogh, as marcas de tinta acidentais atrás das telas. O pintor costumava empilhar as telas embaixo da cama, uma em cima de outra, para fazê-las secar ,pois não tinha espaço suficiente no quarto.
Ilana GOLDSTEIN
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter