De acordo com o Estadão, na noite desta segunda-feira, um passeio com centenas de ciclistas na Avenida Paulista, encerrou as atividades do Dia Mundial sem Carro. Além de tomar a avenida símbolo da cidade, grupo de ativistas do transporte por bicicleta pintaram "ciclofaixas" na Rua Bela Cintra e colocaram placas, indicando que os carros devem respeitar uma distância lateral de 1,5 metro ao ultrapassar um ciclista.
Na quarta vez que São Paulo - com 4,6 milhões de automóveis - participa do Dia Mundial Sem Carro, ao lado de outras 32 cidades brasileiras e quase 2 mil no mundo, os carros estragaram a festa novamente, provocando lentidão média de 50,3 km, ante 49,7 km das três primeiras segundas deste mês.
No início do dia, os índices indicavam que os paulistanos teriam aderido ao movimento. Nos horários de pico da manhã - entre 8 e 10 horas -, a lentidão média foi de 61 km, ante 76,7 km das três semanas anteriores, uma queda de 20%. Mas a situação começou a mudar no início da tarde, e os índices se mantiveram altos pelo restante do dia. No pico da noite - entre 17 e 20 horas -, a lentidão média foi de 96 km, ante 88 km das outras segundas-feiras, um aumento de 10%. Às 19 horas, o índice bateu 143 km. "Como seria diferente se a Prefeitura não divulgou nem fechou uma rua para os eventos, como ocorre nos outros países?", questiona André Pasqualini, do Movimento Bicicletada.
Durante o dia, um grupo organizou uma "vaga viva", com pessoas carregando barras no formato de um carro pelas ruas, para mostrar que o espaço ocupado pode ser aproveitado por um número maior de pessoas. A São Paulo Transporte (SPTrans) organizou uma exposição com ônibus antigos na arena de eventos do Parque do Ibirapuera.
Mas o Dia Mundial Sem Carro também teve pouca adesão no restante do País. O número de cidades praticamente caiu pela metade em relação a 2007, quando 61 participaram.
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