De acordo com o Ultimo Segundo, o salário médio das mulheres negras no país, em 2006, foi de R$ 383, contra R$ 1.181 dos homens brancos. No caso dos homens negros, a média salarial foi de R$ 583, e R$ 742 das mulheres brancas.
Com tais rendimentos, e devido a uma tendência das famílias serem mais homogêneas no que diz respeito a cor, a pesquisa aponta que 33,2% da população negra vive abaixo da linha da pobreza, ou seja, com uma renda per capita familiar de até meio salário mínimo. Entre os brancos, o número é de 14,5%. O estudo também mostra que a indigência renda per capita familiar de até um quarto de salário mínimo atinge 11,8% dos negros contra 4,5% da população branca.
O diretor de pesquisas do Ipea, Jorge Abrahão, comentou que entre 1996 e 2006 o crescimento econômico do país e aplicação de recursos em políticas sociais, como o bolsa família, abrandaram a situação, mas, ainda assim, foram os brancos que mais aproveitaram a situação. Entre 1996 a 2006, a redução de pobreza entre os brancos foi de 33%, passando de 21,5% da população para os atuais 14,5%. No caso da população negra, o recuou ficou em 29%.
No caminho contrário, quando a análise é feita nas camadas mais ricas da sociedade, a pesquisa mostra que dos 10% mais ricos, somente 24,5% são negros. Afunilando-se ainda mais, e considerando os 1% dos mais ricos, o número de negros é ainda mais reduzido, ficando em 14,1%.
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