Caso Isabella: testemunha Renata Pontes

Renata Pontes, delegada responsável pelo inquérito policial do cas Isabella Nardoni, afirmou ontem (17) em depoimento que não registrou boletim de ocorrência na mesma noite da morte da menina, em 29 de março deste ano.

A delegada é a quinta testemunha a prestar depoimento ao juiz Maurício Fossen, nesta terça-feira, na 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana, segundo Folha Online.

Pontes, delegada do 9º Distrito Policial, não registrou o boletim na noite do crime, mas apenas 18 horas depois. Ela afirmou no depoimento que teve o 'cuidado' de demorar para registrar a ocorrência pois acreditava que os suspeitos poderiam ter vínculo com a vítima.

Segundo a assessoria de imprensa do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, ao término do depoimento de Pontes o casal Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, estava tranqüilo, 'conversando' e 'sorrindo'.

Segundo a delegada, quando chegou ao local do crime, Alexandre perguntou a ela se já haviam encontrado o ladrão, e em seguida levantou suspeita em relação ao porteiro do prédio.

Pontes declarou que após conversar com um dos vizinhos do apartamento do casal no edifício London, notou uma contradição na versão do pai de Isabella, pois o vizinho afirmou ter ouvido uma criança gritar: 'pára, pai, pára'.

O fato de Alexandre querer apontar o porteiro como suspeito, a contradição entre as versões dele e do vizinho, aliados à tela de proteção da janela rasgada --o que, para a delegada, seria impossível ter sido feito por uma criança-- deram à Pontes a 'noção' de que o crime não havia acontecido como o pai de Isabella havia descrito, segundo depoimento da própria delegada.

'É difícil entender como um ladrão mata uma criança, mas também é difícil entender como um pai mata a própria filha', afirmou Pontes, segundo a assessoria de imprensa do TJ.

Os três últimos depoimentos previstos para essa noite são Alexandre de Lucca, subsíndico do prédio onde o casal morou antes de se mudar para o edifício London, Paulo César Colombo, morador do referido prédio, e uma pessoa cujo nome é mantido em sigilo como medida de segurança.

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