Delinqüentes alemães enviam-se à Sibéria para reprimirem suas instintos agressivos

Autoridades alemãs chegaram a um acordo com o governo russo que permite o envio de delinqüentes alemães à Sibéria para que "aprendam a viver" e “reprimam seus instintos agressivos” , informou a revista alemã Die Welt.

O precedente já apareceu. Um adolescente, de 16 anos, culpado por vários atos de violência, foi internado na Alemanha anteriormente sem sucesso num reformatório e num hospital psiquiátrico. Acabou por tentar espancar sua mãe.

Os serviços sociais do Estado federal de Hesse (centro) o enviaram então, por nove meses, a Sedelnikovo, uma aldeia da Sibéria, em uma zona "pobre e desprovida de produtos de consumo", onde o jovem teve que construir com seus próprios meios um abrigo e cortar árvores para fazer fogo e se proteger do inverno que chega a 55 graus abaixo de zero. Ele frequenta a escola que está a 2,5 km da aldeia,  com ele falam só em russo.

"Não se trata de uma punição, e sim de uma experiência educacional", explicou Stefan Becker, dos serviços sociais de Giessen, em Hesse.

Segundo a imprensa, o custo da "reeducação" do adolescente, que foi supervisionada pelas autoridades alemães, foi de 150 euros (222 dólares) por dia, ou seja, um terço do que custaria mantê-lo num estabelecimento especializado na Alemanha.

Em 2006, quase 600 delinqüentes juvenis alemães foram enviados ao exterior - dentro e fora da União Européia - para serem submetidos à experiência de reeducação .

Segundo Die Welt, uma pesquisa da opinião pública realizada entre os internautas alemães demonstra que 51% dos respondentes apoiam a decisão sobre o  envio dos delinqüentes à Sibéria. Somente 3% acreditam que é a decisão dura. Para 20% isto descarga as prisões na Alemanha e 26 % não percebem para que é preciso gastar tanto dinheiro para transportar a pessoa à Siberia quando há possibilidade ser preso na Alemanha.

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