Casal se casou em meio ao naufrágio de cruzeiro Explorer

Em meio ao naufrágio que o navio de cruzeiro Explorer sofreu na Antártida, um casal de namorados dinamarqueses decidiu se casar, de improviso, em meio a juras de amor eterno.

No caso em questão, Jack e Rose são Jan Henkel e sua namorada Mette Larsen, dois dinamarqueses que estavam entre os 154 passageiros do Explorer e, no meio da noite, tiveram de abandonar e embarcação avariada e se lançar ao mar em botes salva-vidas.

Depois que desceram à balsa, que boiava nas águas gélidas do Oceano Antártico, os náufragos tiveram de esperar quatro horas até que surgisse um navio que os resgatasse. Todos sabiam que a ajuda estava a caminho, mas a tensão e a incerteza naturais levaram Jan, 42 anos, a mostrar uma aliança de casamento a Mette, 29 anos, que imediatamente compreendeu e aceitou a proposta.

A moça retribuiu dando uma aliança a Jan. Os dois tinham as alianças com eles porque haviam planejado um casamento original, a ser realizado assim que pisassem solo antártico. O que não imaginavam era que a cerimônia acontecesse na água.

"A idéia era casar quando desembarcássemos na Antártida, mas eu não estava certo de que viéssemos a chegar, por isso imaginamos, no salva-vidas, que poderíamos nos divertir e ter um momento de felicidade", disse Henkel à agência France Presse, ao chegar à cidade de Punta Arenas, no Chile, no avião que, entre sábado e domingo, evacuou todos os náufragos das bases antárticas que os haviam acolhido depois do resgate.

“Tive medo de morrer; todos tivemos”, reconheceu Henkel, recordando o momento de abandonar o navio. Eles partiram deixando todos os seus objetos a bordo, excetuadas as alianças.
Quando chegaram a Punta Arenas, o casal, já marido e mulher, não organizou uma recepção nupcial.

 Como os demais náufragos, eles foram recebidos pelas autoridades com uma ceia cujo cardápio era composto por produtos da Patagônia, como salmão, cordeiro e caranguejos.
"Sinto-me fantástico, estou muito contente por ter sobrevivido", repetia Jan, enquanto beijava Mette, a qual classificou suas núpcias simbólicas como "espetaculares". O casal explicou que formalizará seu matrimônio ao retornar à Dinamarca, mas explicou que optaram por passar a lua-de-mel em lugar mais quente que a Antártida.

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