Doris Lessing, a escritora britânica nascida em Irão foi condecorada hoje (11) com o prêmio Nobel de Literatura deste ano. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, em Estocolmo, na Suécia. A autora é undécima mulher que recebeu o prêmio da Acadênmia sueca.
Lessing, de 87 anos, é bastante conhecida no Brasil, tanto que boa parte de seus livros já foi publicada no país. "Andando na Sombra" e "O Sonho Mais Doce" saíram pela editora Companhia das Letras, enquanto "As Experiências de Sirius" e "Os Agentes Sentimentais" foram publicados pela Nova Fronteira.
A Academia Sueca, responsável pelo Nobel, justificou a premiação dizendo que Lessing escreveu "épicos sobre a experiência feminina" e que "com ceticismo, paixão e poder visionário, analisou uma civilização dividida". Sua obra é bastante variada, incluindo inclusive um tema geralmente desprezado pela crítica, a ficção científica.
O primeiro Nobel de literatura foi entregue em 1901, para o poeta francês Sully Proudhome. Até hoje, somente um escritor de língua portuguesa foi premiado: José Saramago, em 1995.
Entre os russos venceram Mikhail Sholokhov (1965), Alexander Solzhenitsin (1975) e Josef Brodsky ( 1687).
Entre mulheres suas antecessoras foram Selma Lagerloef (Suecia) em 1909; Grazia Deledda (Italia) em 1926; Sigrid Undset (Noruega) em 1928; Pearl Buck (Estados Unidos) em 1938; Gabriela Mistral (Chile) em 1945; Nelly Sachs (Alemania-Suecia) em 1966; Nadine Gordimer (África del Sur) em 1991; Toni Morrison (Estados Unidos) em 1993; Wislawa Symborska (Polonia), em 1996; e a austríaca Elfriede Jelinek condecorada em 2004.
Lessing receberá o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 2,5 milhões de reais) no dia 10 de dezembro, junto com os ganhadores das demais categorias do Nobel.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter