O pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário, 22 anos, acusado de violentar e estrangular a menina Gabrielli Cristina Eichholz, de 1 ano e meio, ganhou uma comunidade no site de relacionamentos Orkut em sua homenagem, formada por internautas que acreditam em sua inocência e alegam que ele seria, na realidade, um "injustiçado".
Chamada de "Oscar, o acusado perfeito", a comunidade foi criada nesta semana e conta com 28 membros. Os internautas apostam que o pedreiro não teria praticado o crime, criticam a polícia e argumentam não existir provas contundentes contra ele. O acusado chegou a confessar o crime, mas depois negou, dizendo que foi forçado a assumir o assassinato.
"Apenas uma confissão assinada incrimina esse pobre rapaz, uma das tantas vítimas da falta de emprego, estudos e oportunidades na vida", escreve um dos integrantes da comunidade. "A população esperava que a polícia apresentasse uma prova contundente da autoria do crime, o que não aconteceu".
O pedreiro confessou o crime no dia 12 de março, após ser preso na cidade de Canoinhas, no norte do Estado. Dias depois, ele voltou atrás e negou a autoria do assassinato de Gabrielli. "Ele diz que ficou com medo, pois já havia apanhado antes da polícia e pensou que não ia dar em nada", destacam. "Diante da pressão sofrida achou mais fácil dizer que foi ele, porque então o deixariam em paz e investigando constatariam que ele não tinha nada a ver com o caso".
A defesa assegura que o pedreiro não teria fugido às pressas de Joinville, conforme foi divulgado. Segundo as advogadas, Oscar teria terminado o contrato com uma empresa em que trabalhava no dia 28 de fevereiro e desde então mantinha a intenção de voltar para casa. "Ele estava esperando o pai mandar passagem e inclusive o tio com quem ele morava ligou para seu pai para confirmar para quando seria o retorno", afirmam, acrescentando que o suspeito teria deixado a cidade oito horas após a morte de Gabrielli.
"O suposto crime ocorreu entre 9h30 e 10h e Oscar voltou para a casa dos pais às 18h30 do mesmo dia, ou seja, oito horas após ter praticado o suposto crime. Um tanto quanto estranho fugir às pressas 8h depois, não acha?", indagou a defesa.
A Internet tem servido não só para debater o caso, como para divulgar protestos contra a violência em Santa Catarina. Um texto atribuído a Andréia Eochholz, mãe de Gabrielli, marca um protesto contra a violência e impunidade para o dia 5 de maio próximo, diante do Fórum de Joinville. Neste dia, as testemunhas do Ministério Público e da defesa de Oscar Gonçalves serão ouvidas pela Justiça, escreve Terra.
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