Portugal: Encontro de Teatro

No âmbito do VII Encontro de Teatro do Distrito de Aveiro e em colaboração com o Teatro Aveirense, a ACAD através da sua Oficina de Expressão Dramática - Ilusões & Limitadas, vai apresentar no sábado dia 14 de Outubro de 2006 , o espectáculo A Gargalhada de Yorick, com André Gago e Joaquim Nicolau. Este espectáculo terá lugar na Sala Principal do Teatro Aveirense, pelas 22h00.

SINOPSE

Reino da Dinamarca. O tio de Hamlet, Cláudio, assassina o rei seu irmão e, dois meses depois, desposa a rainha viúva, tornando-se ele próprio rei, no lugar de Hamlet, que deveria suceder ao pai. Inconformado, Hamlet é confrontado com o espectro do pai, que lhe revela o crime e lhe exige vingança. O comportamento que Hamlet adopta de aí em diante é semelhante a um estado de loucura. Sabendo-se espiado por Cláudio e Polónio, maltrata a filha deste, Ofélia, por quem manifestara sentimentos de paixão. Com a ajuda de um grupo de actores, e para se certificar da culpa de Cláudio, faz representar diante dele uma cena idêntica ao crime que este praticou. Pálido e incrédulo, Cláudio manda parar a representação. A prova está feita. Mas a raínha sua mãe chama-o aos seus aposentos, onde Polónio uma vez mais se escondeu atrás da cortina para espiar a conversa. No decorrer do encontro, Hamlet apercebe-se de que alguém está ali escondido e, pensando tratar-se de Cláudio, trespassa-o. Por causa deste crime, Cláudio decide enviá-lo por uns tempos para Inglaterra, até que o crime seja esquecido.

Na verdade, encarrega os antigos colegas de Hamlet, Rosencratz e Guildenstern, de levar uma missiva para o rei de Inglaterra, pedindo a morte imediata para Hamlet. Mas com estranha intuição Hamlet rouba a missiva e altera a sentença de morte para os dois camaradas. Um ataque de piratas fá-lo abandonar o navio em que viajavam, e Hamlet regressa à Dinamarca, onde entretanto, Ofélia enlouqueceu. O seu irmão, Laertes, jura vingar a sua loucura e a morte do pai de ambos, Polónio. O usurpador Cláudio instrumentaliza a dor de Laertes e convence-o a desafiar Hamlet na arte da esgrima para que, em duelo, e com uma espada desembolada, o possa matar. A morte de Ofélia acirra ainda mais o projecto de vingança de Laertes. Mas, durante o duelo, tudo se irá precipitar, culminando na morte de Cláudio, da rainha Gertrudes, de Laertes e do próprio Hamlet.

Dois actores e uma caixa, talvez um caixão. E uma peça chamada Hamlet. Durante cerca de 95 minutos, André Gago e Joaquim Nicolau abordam de uma forma original aquela que é a peça de teatro mais emblemática de toda a literatura ocidental. Involuntáriamente didáctico, o espectáculo acaba por familiarizar de uma forma extremamente eficaz o público com a trama e a essência da obra. Constitui, por isso, um estimulante exercício de descoberta para o grande público e um agradável divertimento para aquele que conhece em profundidade a peça.

Combinando o cómico e o trágico (como, aliás, é recorrente em Shakespeare), este espectáculo representa também uma oportunidade rara para ouvir, em português, alguns dos solilóquios mais belos da peça original: "Ser ou não Ser...", "Que Reles e Velhaco Escravo...", "Como Todas as Ocasiões Parecem Dar Má Informação de Mim..."

"Uma adaptação criativa e vigorosa (...) privilegia o texto, cria empatia com o público e promove um diálogo de puro divertimento e consciencialização das virtudes literárias e da universalidade da obra de Shakespeare (...) O bobo do rei – Yorick – seria um homem feliz depois de ver este espectáculo"

A Capital, 6/5/05

"90 minutos bem dispostos"

Notícias Magazine, 10/4/05

"Inteligência e graça (...) do extremamente dramático ao ridiculamente cómico"

Correio da manhã, 15/04/05

"Cenas hilariantes. A não perder"

Tv Guia, 11/10/2004

Também inserido no VII Encontro de Teatro do Distrito de Aveiro e no mesmo dia, será ministrado pelo actor André Gago, o Workshop Jogos com Shakespeare , na Sala-Estúdio do Teatro Aveirense.

As sessões de Jogos com Shakespeare propõem aos participantes um contacto com o texto shakespereano, que visa estimular novos níveis de compreensão pessoal das suas múltiplas complexidades.

Através do jogo e da experimentação, procura-se suscitar o debate sobre peças e personagens que penetraram o incosciente colectivo universal, levando a cabo uma espécie de dramaturgia empírica através dos mecanismos práticos da abordagem teatral.

Informações: 919 877 311 | [email protected]

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