Astrônomos inventaram mais tres planetas no sistema Solar

 Se a União Astronômica Internacional (IAU) aprovar no dia 24 de agosto uma proposta apresentada durante sua assembléia anual Nosso sistema solar terá 12 planetas em vez dos nove atuais.

Plutão, que tinha seu status ameaçado, continuará a merecer o nome de planeta, e Caronte, que era considerado uma lua de Plutão, será promovida e virará um "planeta duplo" em parceria com o antigo "dono". Também passam a ser planetas o - até agora - asteróide Ceres e o objeto conhecido oficialmente como 2003 UB313 e, popularmente, como "Xena".

Com isso, a lista de planetas do sistema solar passaria a ser, em ordem crescente de distância do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Ceres, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão-Caronte e 2003 UB313, que ainda precisa receber um nome definitivo. Ceres já havia sido considerado um planeta no século 19, mas acabou rebaixado.

 
Essa proposta, que será apresentada oficialmente nesta quarta-feira para os 2.500 astrônomos de 75 países, reunidos na República Checa, ainda pode mudar antes da votação final sobre o assunto, prevista para a próxima semana. Mas o plano tem a chancela do comitê executivo da IAU, que só subscreve propostas com chance sólida de aprovação.
A resolução também propõe a criação de uma nova categoria de planeta, os "plútons", numa referência aos objetos semelhantes a plutão que habitam o Cinturão de Kuiper, uma área além da órbita de Netuno povoada por "detritos espaciais" como asteróides, planetóides e cometas. Plutão, Caronte e Xena seriam os primeiros "plútons".


A mudança, se aprovada pela IAU, forçará uma revisão em massa de enciclopédias e livros didáticos. Para além do reino da ciência e da educação, astrólogos acostumados à lista de nove planetas definida no século 20 - após a descoberta de Plutão, em 1930 - poderão ter de adaptar seus cálculos.

Mesmo se a lista de planetas ganhar três novos componentes na votação de 24 de agosto, ela não ficará assim por muito tempo: a IAU tem uma lista de "observação", com mais de uma dezena de candidatos que poderão virar planetas assim que se souber mais sobre seus tamanhos e órbitas.

A nova definição proposta de planeta é: qualquer objeto redondo com mais de 800 km de diâmetro, que gire em torno do Sol e tenha massa de, no mínimo, 1/12.000 avos da terrestre. A Lua da Terra não se qualifica porque o centro de seu movimento está debaixo da superfície terrestre. Caronte, em comparação, gira em torno de um centro localizado no espaço, não no subsolo de Plutão.

 O formato esférico é importante porque indica que o corpo tem gravidade forte o bastante para definir sua forma.

Agência Estado

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