Vaticano protesta contra o “Código da Vinci”

Os protestos culminaram com o pedido de um cardeal a favor de uma ação judicial em torno de uma história que apresenta Jesus casado com Maria Madalena, começando uma família que teria descendentes vivos ainda hoje.

Nesta semana, uma importante autoridade das Filipinas, um país majoritariamente católico, pediu que o governo proibisse a exibição da película. Algumas pessoas da Igreja Católica, como o arcebispo italiano Angelo Amato e o cardeal nigeriano Francis Arinze, pediram que os cristãos boicotem o filme.

Analistas afirmam que tais declarações, e as histórias geradas por elas, são tiros fadados a sair pela culatra, gerando um interesse ainda maior pelo filme e dando respaldo ao argumento de que a Igreja tem algo a esconder.

Mais de 40 milhões de cópias do romance foram vendidos até agora no mundo e os trabalhos anteriores de Brown também se transformaram em best-sellers.

Dezenas de "clones do código" chegaram às prateleiras das livrarias. Alguns tentam derrubar as teorias defendidas no livro. Outros buscam repetir a bem-sucedida fórmula de mistério teológico e história envolvente.

O único fenômeno comparável a esse é J.K. Rowling e sua série sobre Harry Potter. Os primeiros seis livros da série venderam mais de 280 milhões de cópias e os primeiros três filmes baseados nela faturaram 3,5 bilhões de dólares.

Ao mesmo tempo o ator americano Tom Hanks, protagonista de "O Código da Vinci", afirmou que seria "um grave erro" levar ao pé da letra o polêmico filme.

"É uma grande história, muito divertida...e tudo está no diálogo. Não fere ninguém", disse o ator em declarações ao jornal vespertino londrino "Evening Standard".

Tom  Hanks disse que já se sabia que "um setor da sociedade se oporia à exibição" do filme, criticado por setores conservadores da Igreja Católica que consideram a história um ataque à fé cristã.

"O Código da Vinci", que será exibido em Cannes na próxima quarta-feira e estreará em 19 de maio no mundo todo, deve ser um dos maiores sucessos de bilheteria do ano graças à publicidade e à polêmico em que se viu envolvido.

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