Transferência dos presos políticos do grupo Gdaim Izik para a prisão de El Arjat

Transferência dos presos políticos do grupo Gdaim Izik para a prisão de El Arjat

31 de gosto de 2016, Comité das familias dos presos políticos de Gdaim Izik / porunsaharalibre.org

Esta tarde os 21 presos políticos saharauis do grupo de Gdaim Izik foram transferidos da prisão Salé 1, Rabat para a prisão de El Arjat sem aviso prévio.

Esta transferência foi ordenada pelo Administração Geral das Penitenciárias e da Reinserção Social de Marrocos e executada na presença do Diretor Regional das Prisões de Sale e o Diretor da Prisão Salé 1.

A prisão de El Arjat está a poucas dezenas de km de distância da prisão de Sale 1 onde estiveram detidos durante os últimos anos.

Nem os presos nem as suas famílias foram avisadas desta transferência.

No passado dia 29 de Julho, os presos políticos do grupo de Gdeim Izik receberam um documento oficial confirmando que o Tribunal Supremo aceitou o recurso apresentado e que o processo vais ser transferido do Tribunal Militar para o Tribunal Civil, designadamente o Tribunal de Recurso de Rabat.

Cada um dos presos recebeu uma cópia de um documento individual com esta informação referente ao seu processo que foi enviado pelo Procurador Geral do Rei à Administração Geral das Penitenciárias e Reinserção Social de Marrocos.
Aguarda-se agora marcação de data para um novo julgamento.

Recordamos que o grupo de Gdeim Izik foi detido em 2010 após o brutal desmantelamento do acampamento de protesto pacifico que reuniu dezenas de milhares de saharauis no arredores de El Aaiun, capital dos territórios do Sahara Ocidental, ocupados desde 1975 por Marrocos. Este grupo tem sentenças que vão de 20 anos a condena perpetua.

Durante o julgamento ilegal militar em fevereiro de 2013 os observadores internacionais presenciaram este julgamento político onde as únicas provas apresentadas foram confissões obtidas sob torturas extremas e maus tratos continuados.

 

As familias dos presos políticos saharauis apelam ao movimento solidário, associações, instituições politicas, sindicatos e partidos políticos que exerçam pressão para a libertação deste Grupo e os restantes presos políticos saharauis, fazendo chegar às Nações Unidas e ao Governo de Marrocos a exigência da sua libertação através de moções, votos e cartas.

 

 

 

Isabel Lourenço

 

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