Descoberto o mistério do disco voador que caiu em Góias

O objeto não identificado em forma do disco voador que caiu em Góias há pouco um mês foi submetido às primeiras análises. De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),  o objeto é um tanque de nitrogênio de alta pressão usado pela Nasa em sistemas de propulsão líquida, comum em satélites e foguetes .

A Agência Fapesp informa que, de acordo com o pesquisador responsável pelas análises no Inpe, Marco Antônio Chamon, é muito provável que seja um tanque de propulsão utilizado pela Nasa. O engenheiro disse que a informação ainda não é oficial, mas chegou-se à essa conclusão preliminar porque os Estados Unidos já pediram a posse do tanque. Segundo Chamon, o objeto poderia pertencer ao foguete Atlas 5.

De acordo com o Inpe, o objeto em formato esférico e envolto em fibras de carbono tem cerca de 60 cm de diâmetro e pesa 18 kg. É um material reentrado, ou seja, uma peça que estava no espaço e reentrou na atmosfera. Existem cerca de 10 mil objetos como esse circulando ao redor da Terra, o chamado "lixo espacial".

O objeto, que está no Laboratório Associado de Combustão e Propulsão do Inpe, localizado em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, foi sumetido a vários testes, comprovando inclusive a inexistência de qualquer tipo de radiação.

Segundo informou Chamon à Agência Fapesp, o Brasil assinou convenções internacionais sobre devolução de objetos espaciais a outros países. Assim, tão logo a Nasa prove que o objeto é propriedade dos Estados Unidos, ele será devolvido. Enquanto isso, nenhum teste destrutivo pode ser efetuado, já que a peça deverá ser devolvida tal como foi encontrada. As negociações serão feitas por meio do Ministério das Relações Exteriores.

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