A terceira edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), com 17,3 milhões de estudantes, já é a maior iniciativa do gênero no mundo. Participam da competição alunos do ensino médio e do fundamental da rede pública, a partir da 5.ª série. São 38.453 escolas de 5.197 municípios - 98% das cidades brasileiras - presentes na olimpíada. Atualmente, cerca de 80 países realizam olimpíadas de Matemática.
O torneio é promovido pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, em parceria com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). A primeira fase foi realizada em 14 de agosto passado e a segunda está programada para 20 de outubro.
Na primeira edição, em 2005, a olimpíada registrou a participação de 10,5 milhões de estudantes. Em 2006, foram inscritos 14,1 milhões. A competição, que premia também professores e as escolas dos mais bem colocados, distribui três mil medalhas aos estudantes que se destacam: 300 de ouro, 600 de prata e 2.100 de bronze. Todos recebem bolsas de estudo, oferecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além disso, outros 30 mil alunos recebem menção honrosa pela participação no evento.
"A iniciativa tem grande efeito de estímulo entre os estudantes, professores e toda a escola. A premiação e a bolsa concedidas aos vencedores também é um diferencial, o que amplia ainda mais o poder multiplicador da iniciativa", explicou Joe Valle, secretário para Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia. O IMPA, por exemplo, oferece curso de aperfeiçoamento para os professores dos alunos mais bem posicionados no certame. As escolas recebem laboratórios de informática, livros e certificados de mérito nacional.
Conforme Valle, esse tipo de competição representa apenas o passo inicial para a afirmação de especialistas na área."Esperamos em longo prazo formar profissionais e, se possível, até ganhador do prêmio Nobe", completa.
Premiados
No ano passado, os três primeiros colocados com medalha de ouro foram Tiago Leandro Estevam Dias, do Colégio Militar do Rio de Janeiro (RJ); Maria Clara Mendes da Silva, da Escola Estadual "Coronel Oscar de Castro", de Pirajuba (MG), e Wladimir José Lopes Martins, do Colégio Militar do Recife (PE). Eles ainda receberam do CNPq bolsas juniores de iniciação científica.
A edição do ano passado também premiou os professores Aurenísio Barbosa Farias, da Escola de Ensino Médio "Professor José Rodrigues Leite", e Ricardo Gelete de Oliveira, do Colégio Acreano, ambas as escolas de Rio Branco (AC). Foi igualmente agraciado Antonio Nivaldo de Lima, da Escola Estadual "Professor José Q. Cavalcanti", de Arapiraca (AL).
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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