Comentário do MRE da Federação Russa sobre publicação do livro “História da Letónia: O Século 20”

Teve lugar a apresentação do Palácio Presidencial da Vaira Vike-Freiberga na presença de ministros, trabalhadores na área de educação, historiadores e diplomatas, que realçaram que esse livro tinha sido aprovado e consagrado pela liderança deste país e que tem o estatuto de interpretação oficial da história da Letónia.

Tradicionalmente, o MRE da Federação Russa não comenta a aparência de publicações históricas mas neste caso, a publicação fala de eventos que são parte do conceito unificado perseguido pelo MRE da Letónia, fazendo propaganda duma “história oficial” da Letónia, dizendo que todos os países deveriam aceitar esta versão, e essa versão só, da história.

Não vamos discutir com os autores da obra, que evidentemente guiados por assunções ideológicas, tentam colocar uma mescla de factos, informações sem fundamento e falsidades claras numa base das suas próprias interpretações da História. Que os académicos e historiadores profissionais se preocupem com isso.

Mas não é só surpreendente que a Presidente da Letónia considerou apropriado divulgar esse livro durante os eventos que evocavam o campo de morte nazi em Oswiecim, como é difícil de imaginar como teriam reagidos os presos neste campo se soubessem que no livro divulgado por Vike-Freiberga, se refere ao campo de extermínio de Salaspils como um “campo de trabalho educacional” apesar de ter sido considerado por muitos como o Oswiecim da Letónia.

O livro foca a importância de desacreditar o papel dos russos na história da Letónia. Recomendamos ao Chefe da Diplomacia letão que visite não só o Museu da Ocupação mas também os outros museus da Riga, como por exemplo aqueles da arte e literatura, o Museu de Arte do Estado, o Museu da Marinha, o Teatro de Drama da Rússia.

Os autores deste livro deveriam ter seguido esse conselho, depois teriam aprendido mais sobre a cultura da Rússia e ao contributo que os russos deram aos territórios que constituem a Letónia de hoje. Parece infelizmente que quer os autores, quer os membros da Comissão para a Democracia na Embaixada dos EUA na Letónia, com cujo apoio financeiro esse livro foi publicado, não prestaram atenção.

Deve dizer-se que os sentimentos de vingança histórica continuam a ser activamente apoiados na Letónia, inclusive ao nível mais alto do estado.

Queríamos mais uma vez apelar aos políticos letões que desistam das tentativas fúteis de “terminar a guerra” com a URSS utilizando a pessoa da Rússia moderna como substituto e prestar mais atenção às tarefas de melhorar as relações bilaterais com os vizinhos, bem como as condições de vida dos cidadãos do seu país.

Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa

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