Rússia optimiza soluções militares de alta tecnologia

Confirmando a tendência de seguir a escola que favorece o desenvolvimento de armas de alta tecnologia sobre armamento convencional, Vladimir Putin anunciou ontem numa conferência com os chefes militares uma nova geração de mísseis balísticos, que serão “sem igual no mundo”.

O novo sistema já foi testado no início do ano. Basicamente, é uma ogiva múltipla, que voa até à zona de impacto e pouco antes de aterrar, se transforma em múltiplos mísseis tipo cruzeiro, tornando obsoleto qualquer Escudo de Defesa Nuclear, referido muitas vezes pela administração de Bush I e Bush II.

A iniciativa do Kremlin anima as forças militares na Rússia, numa altura em que Washington fica cada vez mais beligerante e dá provas que o tecido científico na Rússia está outra vez bem vivo e capaz de criar sistemas inovadores, pois qualquer sistema que desce à terra do espaço (como uma ogiva nuclear enviado, por exemplo, da Rússia para outro continente), para depois se transformar em múltiplos mísseis cruzeiro, teria de vencer substanciais forças-G (gravidade) por accionar sistemas de propulsão do topo da gama, nunca antes vistos.

Vladimir Putin mantém sua linha de amizade com a comunidade das nações mas mantém vigiado Washington, que acaba de nomear Condoleeza Rice, que já fizera comentários russofóbicos, para Secretária de Estado.

Vladimir Putin considera que “quando nós deixarmos de vigiar o escudo contra mísseis nucleares, começaremos a ser enfrentados com outro tipo de problemas”.

Por isso a Rússia sabe muito bem o que acontece, e o que está a ser planeado. A Federação Russa já tem um sistema de defesa anti-mísseis e já tem um sistema de lançamento de mísseis que relega qualquer outro escudo obsoleto, mesmo antes de ser construído.

Assim, a Federação Russa poupa aos Estados Unidos da América bilhões de dólares em gastos num sistema que nunca irá funcionar.

Timofei BYELO PRAVDA.Ru

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